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quinta-feira, 31 de março de 2016

Ao menos quatro funcionários devolviam salários para Marquito, afirma MP

O promotor de Justiça Cassio Conserino recebeu uma planilha feita por um funcionário do gabinete do vereador Marco Antônio Ricciardelli, o Marquito (PTB), que mostra os valores dos salários pagos e o quanto deveria ser repassado para o parlamentar.

Marquito e seu assessor Edson Roberto Pressi são investigados por suspeita de reter parte dos salários de servidores, conforme revelado pela "Rádio Estadão" e pelo jornal "O Estado de S. Paulo".

No documento constam os nomes de oito funcionários. Metade devolvia parte dos rendimentos. Uma assessora parlamentar de Marquito, com salário bruto de R$ 14 mil, devolvia R$ 11,5 mil.

Para Conserino, "a planilha e os extratos bancários das testemunhas são provas da materialidade delituosa". O promotor ouviu três ex-funcionários do gabinete. Além dos extratos, todos apresentaram holerites que mostram saques de quantias elevadas em dinheiro no dia do pagamento. Os valores, que eram mais de 50% dos vencimentos, eram repassados para Pressi, que se apresenta como assessor e advogado, mas não é nomeado no gabinete nem tem registro na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

Uma das testemunhas afirmou que, além do salário, foi obrigada a devolver a restituição do Imposto de Renda para Marquito, cerca de R$ 5.000. O promotor vai intimar funcionários e o próprio vereador para prestar esclarecimentos.

Procurado pela reportagem desde o dia 24, Marquito não quis dar entrevista. Pressi afirmou, em conversa informal no gabinete, que as acusações não são verdadeiras. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

Fonte: Estadão Conteúdo

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