A confirmação de casos de gripe H1N1 em
Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) e o crescimento no total de registros no
Estado fez a Arquidiocese da cidade mudar o rito das missas e proibir, entre
outras medidas, rezar o Pai-Nosso de mãos dadas.
Um documento assinado nesta
quinta-feira (31) pelo arcebispo metropolitano de Ribeirão, dom Moacir Silva,
estabelece normas a serem adotadas em 95 paróquias de 20 municípios.
Segundo o arcebispo, deve ser omitido,
além do Pai-Nosso de mãos dadas, o “abraço da paz”. A entrega da hóstia aos
fiéis – a Sagrada Comunhão -, agora deve ser feita somente com a distribuição
nas mãos, não mais diretamente nas bocas dos frequentadores das missas.
Nesta sexta-feira (1º), a Secretaria da Saúde
de Ribeirão Preto informou que já foram confirmados sete casos de gripe H1N1 no
município, sendo três em fevereiro e quatro em março. Duas pessoas morreram –
um homem e uma mulher, que já apresentavam doenças crônicas, de acordo com a
pasta.
O total de casos suspeitos, no entanto,
já chega a 66 nos dois meses – em janeiro, houve outros dois.
As medidas restritivas nas missas
também já foram tomadas por outras igrejas de São Paulo, como as do Vale do
Paraíba.
Em circular da última quarta-feira
(30), o bispo dom Wilson Luís Angotti Filho determina que os responsáveis pelas
paróquias devem “promover a maior ventilação possível” nos ambientes onde
acontecem as celebrações e reuniões e recomenda atenção dobrada durante a
comunhão para os doentes.
O Brasil já acumula 305 casos, segundo
balanço divulgado pelo Ministério da Saúde. O Estado de São Paulo responde por
87% das ocorrências, com 266 casos.
São José do Rio Preto é epicentro do
surto de H1N1 no Estado, com 82 casos e dez mortes. A diocese da região ainda
não oficializou nenhuma recomendação, mas em algumas igrejas há informações
disponíveis para os fiei.
FOLHA PRESS