Thierry Weil ressaltou que a possibilidade de uma ação é grande, caso o impasse não se resolva
Florianópolis (AE) - A Fifa ficou surpresa e se irritou com a
decisão de Recife de não realizar a Fan Fest durante a disputa da Copa
do Mundo e avisou que pode acionar a prefeitura da cidade pernambucana
judicialmente caso a área para festividades e exibição de jogos não seja
realmente aberta.
O diretor de marketing da Fifa, Thierry Weil, lembrou que a realização da Fan Fest é determinada através do contrato que as cidades-sede da Copa do Mundo assinaram com a Fifa. Assim, caso Recife não cumpra o acordo poderá ser processada, ameaçou o dirigente.
“Se você tem um contrato estabelecido com um parceiro e ele não responde, uma ação legal pode ser tomada contra ele. Mas vamos esperar para ver o que acontece”, disse Weil. “A gente espera ter todas das cidades, mas, se precisar, acionaremos nossos advogados conta uma cidade que não fizer”, completou.
Na semana passada, a prefeitura do Recife anunciou que não vai bancar a realização na cidade da Fan Fest, evento que acontece nas sedes da competição com shows e transmissão dos jogos em telões. Assim, a capital pernambucana deve ficar sem a festividade, que virou uma das marcas do Mundial.
Weil destacou que outras cidades, sem revelar quais foram, que não são sedes da Copa do Mundo procuraram a Fifa com o desejo de realizar uma Fan Fest após as autoridades declararem que não vão bancar a área para festividades e exibição dos jogos da Copa do Mundo em telões.
O dirigente ressaltou que a Fifa aceita negociar com as sedes para minimizar custos com a realização de adequações nas Fan Fests. “Nós podemos negociar, cortar algumas atrações e mudar a localização”, exemplificou Weil, que está em Florianópolis, onde é realizado o Congresso Técnico da Fifa.
Porto Alegre
A prefeitura de Porto Alegre admitiu que pretende investir recursos públicos para que o Beira-Rio tenha as estruturas provisórias cobradas pela Fifa e receba os jogos da Copa 2014. Em reunião com o Ministério Público Estadual, a Procuradoria-Geral do Município (PGM) afirmou, porém, que somente irá colocar recursos em equipamentos que possam ser utilizados posteriormente e fiquem de legado à cidade.
De acordo com o promotor de Justiça Nilson Rodrigues Filho, será assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a prefeitura. “A definição de quais os itens das chamadas estruturas temporárias poderão ficar como legado ao município será feita por uma comissão de técnicos”, explicou ele.
Tribuna do Norte
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