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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Dom Orani Tempesta é criado cardeal.

O papa Francisco presidiu sábado,  22, solenidade do Consistório para a criação de 19 cardeais, sendo 16 deles eleitores. Na ocasião, celebrada na Basílica de São Pedro, esteve o papa emérito Bento XVI. Entre os novos cardeais está o brasileiro dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, ao qual foi atribuído o título da igreja de Santa Maria Mãe da Providência.
Com a presença de mais de 150 cardeais, o papa refletiu a passagem do Evangelho de Marcos (Mc 10, 32-45) destacando em sua homilia a palavra “caminhar”, citando o percurso de Jesus e seus ensinamentos aos discípulos ao longo do caminho. “Jesus não veio para ensinar uma filosofia, uma ideologia... mas um ‘caminho’, uma estrada que se deve percorrer com Ele; e aprende-se a estrada, percorrendo-a, caminhando”.
Em suas palavras, o papa destacou o chamado aos novos cardeais. “Irmãos, deixemos que o Senhor Jesus nos chame para junto de Si! Deixemo-nos ‘convocar’ por Ele. E ouçamo-Lo, com a alegria de acolhermos juntos a sua Palavra, de nos deixarmos instruir por ela e pelo Espírito Santo para, ao redor de Jesus, nos tornarmos cada vez mais um só coração e uma só alma”, disse.
Ao final da homilia, Francisco citou as necessidades da Igreja, que precisa da colaboração, da comunhão, da coragem e da compaixão dos cardeais, principalmente em relação às comunidades eclesiais e a todos os Cristãos que sofrem perseguições. A Igreja precisa do clero romano como homens de paz, por meio de obras, desejos e orações, afirmou o papa que concluiu invocando a paz e a reconciliação para os povos “que, nestes tempos, vivem provados pela violência e a guerra”.
Após um momento de silêncio, foram feitas a leitura da fórmula de criação e a proclamação solene dos nomes dos novos cardeais que, depois desse momento, fizeram a Profissão de Fé e o juramento de fidelidade e obediência a Francisco e seus sucessores. Ao ajoelharem-se diante do papa, receberam, individualmente, o solidéu; o anel, para reforço do amor pela Igreja; o barrete cardinalício, “como sinal da dignidade do cardinalato”; e a atribuição de uma Igreja de Roma, como símbolo da “participação na solicitude pastoral do Papa”. O momento é selado com o abraço da paz.
À tarde, entre 16h30 e 18h30, os novos cardeais receberão, na Sala Paulo VI e em diversas salas do Palácio Apostólico, as visitas de cortesia. Segundo informações do Serviço de Notícias do Vaticano, o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani JoãoTempesta, estará na sala Paulo VI. Amanhã, às 10h, na Basílica Vaticana, o papa presidirá a celebração eucarística com os novos cardeais.

Colégio cardinalício
A Igreja conta hoje com 218 cardeais vindos de 68 países. No Brasil, são 10 cardeais, sendo cinco eleitores: o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e arcebispo de Aparecida (SP), cardeal Raymundo Damasceno Assis; o arcebispo emérito de São Paulo, cardeal Cláudio Hummes; o prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e arcebispo emérito de Brasília, cardeal João Braz de Aviz; o arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Pedro Scherer; e o arcebispo do Rio de Janeiro, cardeal Orani João Tempesta. Os cardeais com mais de 80 anos são: o arcebispo emérito de São Paulo, cardeal Paulo Evaristo Arns; o arcebispo emérito de Belo Horizonte, cardeal Serafim Fernandes de Araújo; o arcebispo emérito de Brasília, cardeal José Freire Falcão; o arcebispo emérito do Rio de Janeiro, cardeal Eusébio Oscar Scheid; e o arcebispo emérito de Salvador, cardeal Geraldo Majella Agnelo.
Fonte: CNBB

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