O kit diagnóstico identifica o vírus no sangue
de quem tem ou já teve a doença em cerca de 20 minutos. O teste foi
desenvolvido em uma parceria entre a Fiocruz Biomanguinhos e a empresa
norte-americana Chembio, e pode estar disponível na rede pública em um mês, de
acordo com Paulo Gadelha, presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Só agora a Fiocruz recebeu o
registro da Anvisa para um teste com a possibilidade de fazer um diagnóstico
sorológico para saber se a pessoa teve zika ou não"
Paulo Gadelha, presidente da Fiocruz.
Até setembro, o Brasil tinha registrado 1,4 milhões de casos suspeitos
de dengue, 236 mil casos prováveis de febre de chikungunya e 200,4 mil, de
zika.
De acordo com Gadelha, agora a Fiocruz pode fazer uma avaliação de
qual o percentual da população já tem alguma imunidade.
A fundação teria capacidade para produzir imediatamente e entregar
para o sistema de saúde em um mês. "O Brasil vai poder agora dizer algo
que é fundamental, determinar os casos que são ou não zika."
No final de outubro, o Ministério da Saúde anunciou a compra de 3,5
milhões de kits diagnósticos rápidos para zika produzidos pelo laboratório
Bahiafarma, ao custo de R$ 34 cada. Sendo que 2,5 milhões serão distribuídos em
novembro e dezembro; o restante deve ser entregue até fevereiro de 2017.
O teste produzido pela Fiocruz tem um custo mais baixo que o da
Bahiafarma, segundo Marcos da Silva Freire, vice-diretor de desenvolvimento
tecnológico da Fiocruz. "É um teste muito bom para a fase aguda da doença
ou mesmo para depois", explica.
Freire estima que a Fiocruz possa produzir 40 milhões de testes por ano.
O Ministério da Saúde informa que adquiriu, no dia 25 de outubro, testes
do laboratório público Bahiafarma, que estarão disponíveis para uso no Sistema
Único de Saúde (SUS) até dezembro, pouco antes do período de verão, quando a
circulação do mosquito Aedes aegypti é
maior. A Fiocruz, que faz parte do Ministério da Saúde, teve o registro do
teste rápido de Zika aprovado pela ANVISA no dia 31 de outubro.
O teste, que
foi aprovado na linha de pesquisa, ainda não está disponível em escala de
produção, e é mais uma tecnologia disponível no mercado, podendo ser utilizado
no sistema público.
Teste único espera aprovação
Anunciado pelo então ministro da Saúde Marcelo Castro, em janeiro,
o kit único que seria capaz de identificar dengue, zika e chikungunya, também
desenvolvido pela Fiocruz, ainda aguarda liberação da Anvisa.
O Kit NAT Discriminatório, como foi batizado o teste, traz uma
combinação pronta de reagentes para uso em laboratório. A análise conjunta é
especialmente relevante para regiões em que os vírus circulam ao mesmo tempo.
Em março, a estimativa de custo era de US$ 20 dólares por teste.
"Na época do anúncio, houve um consenso que o
teste só seria usado após o registro na ANVISA. A expectativa é que ele seja
liberado nos próximos dias"
Oul