A
liberação de R$ 100 milhões que Tribunal de Justiça do Rio Grande do
Norte pretende fazer para o governo estadual está suspensa por decisão
do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). É que a conselheira Daldice Maria
de Almeida acatou liminar da Associação dos Magistrados do RN e decidiu
que é ilegal a proposta do presidente do TJRN Cláudio Santos visando
transferir recursos do Poder Judiciário potiguar para o Executivo.
Segundo a AMARN, o Judiciário do Rio Grande do Norte vem sofrendo com a falta de investimentos e, consequentemente, perde na qualidade da prestação jurisdicional à população. Além disso, a Associação dos Magistrados relatou a destinação, no início deste mês, de R$ 20 milhões ao Executivo na forma de empréstimo para a construção de presídio, sem sequer existir projeto para a obra.
Segundo a AMARN, o Judiciário do Rio Grande do Norte vem sofrendo com a falta de investimentos e, consequentemente, perde na qualidade da prestação jurisdicional à população. Além disso, a Associação dos Magistrados relatou a destinação, no início deste mês, de R$ 20 milhões ao Executivo na forma de empréstimo para a construção de presídio, sem sequer existir projeto para a obra.
Na decisão, a conselheira determinou que fica sustado, cautelarmente,
qualquer ato de transferência, empréstimo ou doação de recursos do Poder
Judiciário estadual ao Poder Executivo até o julgamento do mérito deste
procedimento.
“A AMARN recebeu o resultado com tranquilidade, pois como juízes devemos defender a legalidade das ações dos gestores, principalmente dentro do Judiciário.
A falta de investimentos na prestação do serviço
judiciário não gera qualquer economia ao Poder Público, mas, ao
contrário, penaliza a população, pois exaspera ainda mais os problemas
sociais já enfrentados”, disse o presidente da AMARN juiz Cleofas Coelho
de Araújo Júnior.
O presidente disse ainda que a AMARN sempre procurou agir em harmonia com os poderes. ”Não há radicalismo na medida, pois se pode observar aspectos formais para colaborar com o Executivo dentro da harmonia entre os poderes, mas não se pode admitir uma ilegalidade, reconhecida na decisão, no final de uma gestão que deixou de investir no próprio Judiciário, buscando o interesse pessoal”, conclui Cleofas Coelho.
Fonte: G1