Resultado
de atuações bem diferentes dos dois times, a goleada mostrou um Corinthians
ainda mais frágil que em partidas anteriores. Acuada no Morumbi, a equipe de
Oswaldo de Oliveira mostrou, além de nenhuma inspiração, pouca organização e
competitividade. Voltou a sofrer quatro gols pela segunda vez em pouco tempo do
novo treinador - em um ano e meio com Tite, não havia ocorrido nenhuma
Talvez pelo
nervosismo em razão do resultado, o Corinthians também perdeu a cabeça como
poucas vezes nos últimos tempos. O meio-campista Rodriguinho, por exemplo, deu
entrada duríssima em Cueva e por pouco não acabou expulso. O zagueiro Balbuena,
normalmente acostumado a sair com a bola no pé, usou e abusou de rebatidas.
Marquinhos Gabriel, entre os mais técnicos do elenco, errou domínios de bola
mais simples. Bastante nervoso, atirou um microfone longe ao bater um escanteio
e, nas saídas do estádio e do gramado, se recusou a falar.
As manifestações após
o jogo, naturalmente, foram marcadas por irritações e desabafos. Cássio falou palavrões ao analisar o time,
Fagner pediu mais dignidade e até o treinador Oswaldo de Oliveira, marcado pela
tranquilidade, disparou respostas ríspidas aos
jornalistas. Apesar do momento difícil, nenhum dirigente falou sobre a derrota
contundente.
A um mês do fim da
temporada, Oswaldo, que já ouve questionamentos, terá o terceiro período longo
de trabalho para tentar reordenar a equipe. Após uma semana de treinamentos
para pegar a Chapecoense e mais uma para visitar o São Paulo, agora há uma
sequência ainda maior para organizar a casa. O próximo jogo será apenas no dia
16, no Orlando Scarpelli, contra um Figueirense de rebaixamento
encaminhado.
Esse, aliás,
pode ser um bom indício para o Corinthians. Desde 31 de julho, as únicas
vitórias corintianas foram contra equipes que vivem em torno da zona de degola:
Vitória, Internacional, Sport, América-MG e Santa Cruz, as últimas duas mais
recentes.
Uol