A Polícia Civil do Rio Grande do Norte anunciou que conseguiu elucidar o caso do desaparecimento do sargento do Exército João Augusto Alves, de 56 anos, sumido há 4 anos. “O militar foi assassinado e enterrado. Nesta quarta (16), prendemos três pessoas que nos levaram a uma granja onde encontramos parte de uma ossada.
Também descobrimos que os suspeitos falsificaram uma procuração e venderam uma casa e o carro da vítima”, afirmou o delegado Raimundo Rolim.
Dois dos suspeitos, ainda de acordo com o delegado, já cumprem pena por um crime semelhante.
Francisco Glayson Agostinho e Ricardo Lopes Pereira foram presos e condenados por extorsão, morte e ocultação de cadáver no caso do desaparecimento do empresário e economista carioca Carlos Norberto Holtz, que também possuía nacionalidade suíça.
Os restos mortais de Holtz foram encontrados em janeiro de 2013. Ele havia sumido em outubro de 2012. A ossada estava em uma granja na zona rural de Macaíba, município da Grande Natal. “A poucos metros de onde encontramos a ossada do sargento João Augusto”, acrescentou Rolim.
investigações revelaram que Francisco Glayson Agostinho e uma irmã dele venderam a casa e o carro do sargento logo após o desaparecimento dele, ainda no final de 2012. Já em 2015, a mulher foi intimada para depor e afirmou que teria comprado os bens de um corretor de imóveis e que, em março de 2013, revendido a residência para uma outra pessoa.
“Após um segundo depoimento, a irmã de Francisco confessou que a compra e venda da casa de João Augusto foi simulada e que ela teria emprestado seu nome para vender a residência, em março de 2013, a pedido de seu irmão. Nesta quarta, os irmãos presos foram interrogados e revelaram que o sargento foi assassinado no final de novembro de 2012, e que logo após o fato teriam vendido sua casa e seu automóvel, falsificando procurações e fingindo ser a vítima”, relatou Rolim.
Diante das informações, o delegado acrescentou que equipes da Decap realizaram buscas no local indicado pelos suspeitos e conseguiram encontrar parte de uma ossada. O Instituto Técnico de Perícia (Itep) esteve na granja e recolheu o material para análise.
Dificuldades
“Por conta do desaparecimento do Sargento, logo após um ano de sumido o Exército cortou a pensão que a primeira mulher recebia. Agora, ela e os filhos passam por sérias dificuldades. Inclusive, uma filha do casal tem necessidades especiais e também sofre sem assistência médica. O militar ainda deixou uma filha de 9 meses, de outro relacionamento, que também necessita de alimentos”, ressaltou Rolim.
Do G1