O enfermeiro sanitarista que trabalha no apoio técnico ao combate à COVID-19 na II Unidade Regional de Saúde Pública (II Ursap), Thialisson Santos Ribeiro alerta para o risco de hospitalizações por COVID-19 no mês de setembro.
Thialisson Ribeiro é Mestrando em Saúde Coletiva pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Possui Residência em Saúde Coletiva pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz PE) (2018). É Bacharel em Enfermagem pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) (2015).
Seguindo o que está acontecendo na epidemiologia de alguns outros países, a variante delta, a diminuição da proteção das vacinas e o afrouxamento das regras sanitárias estão entre as explicações para a preocupação. A esperança é que, com o avanço da vacinação, ao menos o número de óbitos não cresça no mesmo período. Os imunizantes muitas vezes não impedem a infecção pelo novo coronavírus, mas diminuem seus efeitos e impedem o agravamento da doença. A variante Delta, que é mais contagiosa, e a diminuição da proteção das vacinas na população mais idosa, a primeira a se imunizar, estão entre as explicações para a preocupação.
Uma das medidas que a pasta acredita que podem frear um crescimento maior é a aplicação da terceira dose da vacina nos imunossuprimidos e nos mais idosos, que começam a receber o reforço a partir de 15 de setembro. Uma outra iniciativa já anunciada é a redução do intervalo entre a primeira e a segunda dose das vacinas da Pfizer e da AstraZeneca, melhorando a perspectiva de ampliação da cobertura vacinal no país.
"Um estudo de pesquisadores da USP, da UERJ e da UFRJ mostra que 100 milhões de pessoas, ou quase a metade da população brasileira, ainda não estão completamente imunizadas, o que permite que o vírus ainda circule de forma acelerada", informa Thialisson Ribeiro.
"É imperioso que os estados e municípios deem os braços ao Programa Nacional de Imunizações. Deste modo, chegaremos mais rápido no nosso objetivo de imunizar, com as duas doses da vacina, até 75% da população adulta até outubro. O uso correto de máscara e o distanciamento físico serão fundamentais agora", ressalta o enfermeiro sanitarista, Thialisson Santos Ribeiro.
Abdias Duque de Abrantes
Assessor de Comunicação Social da II URSAP
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