Mesmo com a proibição da Justiça
Eleitoral do Rio Grande do Sul, o prefeito eleito de Passa Sete,
Vanderlei Batista, usou um burro para se deslocar até a Câmara de
Vereadores e tomar posse na manhã desta terça-feira (1).
A liminar foi concedida na segunda-feira
(31), mas nenhum policial ou oficial de Justiça apareceu para impedir a
atitude inusitada do eleito. Durante a campanha eleitoral, Vanderlei
foi chamado de burro pelo opositor.
"Eu fui chamado de burro em um debate
que fizemos em uma rádio. E eu fiz uma promessa, que se ganhasse a
eleição, viria de burro para a posse", diz Batista. "Estou cumprindo a
minha promessa", explica.
A decisão da juíza Luciane Glesse, de
Sobradinho, ateudeu a uma representação movida pela coligação Passa Sete
Somos Todos, adversária de Vanderlei no pleito realizado na cidade do
Vale do Rio Pardo. Além de proibir o uso do animal na posse, a Justiça
determinou a busca e apreensão de camisetas com frases consideradas
ofensivas ao PMDB de Passa Sete.
A origem da polêmica foi o debate entre
os candidatos Vanderlei Batista, do PTB, e Ataídes Lopes, do PMDB. Na
ocasião, Ataídes chamou o adversário de burro. Vanderlei passou a usar a
frase em seu favor na campanha, inclusive com a confecção de camisetas
com a imagem do animal.
Vestido com trajes típicos do Rio Grande
do Sul, o prefeito desfilou por uma avenida montado no burro e
acompanhado de tradicionalistas a caminho da prefeitura. Já com o
diploma na mão e pronto para começar o trabalho, Batista não teme que a
brincadeira tenha consequências negativas.
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