quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Governo do estado anuncia novas medidas para evitar o colapso no fornecimento de agua de 142 municípios

Representantes da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) e do Instituto de Gestão das Águas (Igarn), anunciaram nove medidas para evitar o colapso no fornecimento de água nos 142 municípios em estado de calamidade, por efeitos da seca no RN.
Entre as medidas estão um plano de controle de consumo excessivo - em cidades onde a utilização da água extrapola o recomendado pela Organização Mundial de Saúde -, o fechamento de comportas de reservatórios que façam outros usos da água (que não seja abastecimento humano) e a otimização das obras em execução (adutoras, poços e chafarizes).
Entre as cidades em estado de calamidade, quatro já estão com abastecimento de água sendo feito exclusivamente por meio de carro-pipa. São elas: Antônio Martins, Luís Gomes, Lagoa Nova e João Dias. Outras nove cidades preocupam, porque o nível de água dos reservatórios está abaixo de 23%. São Miguel, José da Penha, Pau dos Ferros, Pilões, São João do Sabugi, Currais Novos, Lucrécia, Olho D'água dos Borges e Tenente Ananias são as que estão em situação mais crítica, segundo informações do secretário estadual de Recursos Hídricos, Gilberto Jales.
Para conter as consequências trazidas pela estiagem, o Governo estadual também pretende fechar a comporta de mananciais que usam a água para outros usos que não o abastecimento da comunidade, a perfuração de poços em locais geologicamente viáveis e convocação de outras instituições, como Agência Nacional de Águas (ANA) e o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) para tomar decisões sobre o estado de bacias e reservatórios federais.
As medidas para contenção no uso da água foram discutidas à portas fechadas na manhã de ontem, 9. As autoridades evitaram classificá-las como uma estratégia de racionamento, mas as intervenções resultarão em economia de água, tanto por parte da população, como por parte das autoridades. "Precisamos pensar à frente. Esperamos que as chuvas voltem a ocorrer no nosso Estado, mas se isso não acontecer, temos que estar preparados", afirmou Gilberto Jales.
A região do Alto Oeste é a que se encontra em situação mais crítica. Em alguns reservatórios, o nível está abaixo dos 20%, como é o caso do açude no município de Olho D'água dos Borges, que entrou em colapso, e o de São Miguel, funcionando com apenas 12% de sua capacidade. Situação é mais complicada no Alto Oeste, onde os reservatórios possuem hoje menos de 25% de sua capacidade de armazenamento.

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