Representantes da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos (Semarh), da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do
Norte (Caern) e do Instituto de Gestão das Águas (Igarn), anunciaram nove
medidas para evitar o colapso no fornecimento de água nos 142 municípios em
estado de calamidade, por efeitos da seca no RN.
Entre as medidas estão um plano de controle de consumo
excessivo - em cidades onde a utilização da água extrapola o recomendado pela
Organização Mundial de Saúde -, o fechamento de comportas de reservatórios que
façam outros usos da água (que não seja abastecimento humano) e a otimização
das obras em execução (adutoras, poços e chafarizes).
Entre as cidades em estado de calamidade, quatro já estão com
abastecimento de água sendo feito exclusivamente por meio de carro-pipa. São
elas: Antônio Martins, Luís Gomes, Lagoa Nova e João Dias. Outras nove cidades
preocupam, porque o nível de água dos reservatórios está abaixo de 23%. São
Miguel, José da Penha, Pau dos Ferros, Pilões, São João do Sabugi, Currais
Novos, Lucrécia, Olho D'água dos Borges e Tenente Ananias são as que estão em
situação mais crítica, segundo informações do secretário estadual de Recursos
Hídricos, Gilberto Jales.
Para conter as consequências trazidas pela estiagem, o
Governo estadual também pretende fechar a comporta de mananciais que usam a
água para outros usos que não o abastecimento da comunidade, a perfuração de
poços em locais geologicamente viáveis e convocação de outras instituições,
como Agência Nacional de Águas (ANA) e o Departamento Nacional de Obras Contra
as Secas (Dnocs) para tomar decisões sobre o estado de bacias e reservatórios
federais.
As medidas para contenção no uso da água foram discutidas à
portas fechadas na manhã de ontem, 9. As autoridades evitaram classificá-las
como uma estratégia de racionamento, mas as intervenções resultarão em economia
de água, tanto por parte da população, como por parte das autoridades.
"Precisamos pensar à frente. Esperamos que as chuvas voltem a ocorrer no
nosso Estado, mas se isso não acontecer, temos que estar preparados",
afirmou Gilberto Jales.
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