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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Ricardo Teixeira ganha mesada de R$ 120 mil e Marin acumula fontes de renda


Quem acreditou que Ricardo Teixeira não tinha mais poder na CBF está bem enganado. Afinal, apesar do clamor público contra o cartola, ele segue faturando R$ 120 mil mensais por prestar ‘consultoria’ a entidade e ao Comitê Organizador Local (COL) para Copa do Mundo de 2014.
O ordenado do ex-chefão da CBF deve ser pago até julho de 2013. Apesar de não deixar claro que os pagamentos são mensais, o atual presidente da entidade José Maria Marin argumenta que a experiência de Teixeira como dirigente é fundamental para os eventos relacionados ao futebol nos próximos dois anos no Brasil

Teixeira comandou com punho de ferro o futebol brasileiro de 1989 a 2012, quando deixou o cargo por conta dos diversos escândalos que enfrentou. Sobretudo o último envolvendo a empresa de marketing esportivo suíça ISL que decretou falência em 2001.

O pagamento ao ex-chefão tem causado desconforto até nos aliados do atual presidente da entidade José Maria Marin. O mais desgostoso com a situação é o mandatário do São Paulo, Juvenal Juvêncio. Ele ficou revoltado com a renovação do acordo e chegou a se reunir (pasmem) com o ex-diretor de seleções Andrés Sanchez para tratar sobre a criação de uma futura liga independente de clubes.

“Tem que cancelar o contrato com o Ricardo Teixeira. Quem paga esse salário não é a CBF, é o futebol brasileiro”, argumentou o cartola do SPFC. Apesar das queixas públicas, Juvenal disse que não fará oposição a entidade.  Apesar do constrangimento a CBF deve continuar pagando o valor para seu ex-presidente.

José Maria Marin, por sua vez, ganha um salário de 160 mil da CBF e mais R$ 110 mil no Comitê Organizador da Copa (COL).  O atual mandatário ainda acumula R$ 16.033 mil do governo paulista. Esse último rendimento diz respeito a uma extinta carteira previdenciária criada nos anos de 1970. Como se sabe, Marin teve uma vida pública intensa durante a Ditadura Militar.

Ele e outros 266 ex-deputados ou dependentes recebem a pensão. Quem arca com o custo é o Estado de São Paulo que gasta anualmente cerca de R$ 33 milhões com os benefícios.

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