Escrita por George Moura, Patrícia Andrade e Sérgio Goldenberg, com supervisão de texto de Glória Perez, direção-geral de José Luiz Villamarim e direção de núcleo de Ricardo Waddington, a minissérie foi baseada no livro do escritor Nelson Motta. Foi contado a história de uma popular cantora que é assassinada misteriosamente em pleno carnaval, mobilizando assim uma grandiosa investigação em torno do caso. Como a história se passa na Bahia, a religião, que de fato, predomina a Bahia toda é o Candomblé (e, Umbanda, que não é o caso). Na minissérie não foi diferente. A Sereia, personagem principal, era dessa religião, além de ser bissexual assumida. Também, podia se ver e ouvir, cantos desta mesma religião e por várias vezes uma Mãe de Santo, que tinha seu exato valor na história.
Pois bem, antes mesmo de ir ao ar, em dezembro de 2012, um certo pastor (que convenhamos, não tem mais o que fazer da vida) fez uma ”campanha” na rede social Facebook, para que a minissérie não fosse levada ao ar por declarar abertamente os temas: espiritismo, uso de drogas e a bissexualidade. À partir deste manifesto na internet, a Rede Record decidiu levar a ideia ao ar. Foi nesse domingo (13/01) que vimos a ”lona se erguer” e o ”circo se armar” na Barra Funda. Foram longos minutos de muito blá, blá, blá.
Uma pena a emissora usar nomes de grandes jornalistas para anunciar tal matéria. Usando a ”máscara” em cima do nome jornalismo para inflar ego de um mero pastor e, toda a diretoria da emissora, onde não são capazes de estabelecer a liberdade de expressão em um meio tão fantástico que é a TV. Quem são eles pra falar de espiritualidade? Os ”reis do exorcismo” durante a madrugada toda. Quem são eles pra falar algo? Até porque na própria série bíblica deles, de um jeito ou outro, colocam cenas de quase total nudez. Isso sim é desrespeito para com o telespectador e, total desespero por audiência.
E não vão pensando que a minissérie global não foi sucesso, porque foi. Superou todas as estimativas. Em um mundo onde o azul é para menino e o rosa é para menina, um dos principais, quiça, principal meio de comunicação do país, a Rede Globo abordar temas como esse, temos que nos orgulhar e aplaudir de pé e, dizer: ”Algo está mudando”. Então, vamos ”lavar a cara” pra falar do ”vizinho”, né, Bispo Macedo?. A jornalista do Yahoo Janaina Nunes disse que os funcionários da Rede Record se envergonham diante desta tal decisão da emissora em criticar a Rede Globo. Tem até gente procurando emprego no ”vizinho”. Que fase! Perdendo audiência e cada vez mais o prestígio, que ainda lhe sobram, para o jornalismo desta estação de TV. É deprimente. Isso só irá mudar quando tirarem os ”Bispos” do comando. Fato, então, que nunca irá mudar. Acostume-se. É o que temos para hoje!
Allan Santos (@oallanzinho
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