quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Ministro diz que mais de 90% das obras de transposição do S. Francisco estão prontas

O ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, informou em audiência pública no Senado, nesta quarta-feira (30), que as obras de transposição do São Francisco estão com mais de 90% das obras concluídas. Segundo o ministro, o eixo Leste da transposição deve começar a funcionar no início do próximo ano. Problemas com a construtora Mendes Júnior, que rescindiu o contrato em julho, adiaram a conclusão das obras do eixo Norte para o final de 2017.

A transposição do São Francisco é composta por dois eixos, o Norte e o Leste. O Norte capta as águas pouco após a barragem de Sobradinho, na Bahia, passa por Pernambuco e Paraíba e chega até o Ceará e o Rio Grande do Norte. O Leste começa antes da barragem de Paulo Afonso e segue para Pernambuco e Paraíba.

O presidente da Comissão de Serviços de Infraestrutura, senador Garibaldi Filho, descreveu ao ministro a situação crítica que estados nordestinos estão enfrentando com a seca, sobretudo o Ceará e o Rio Grande do Norte. “O Castanhão, que é hoje o maior reservatório público do Nordeste, está com 5% de sua capacidade. A Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, a maior do Rio Grande do Norte, também está em uma situação crítica, mas pelo menos ainda tem 16%”, informou.

Na avaliação de Garibaldi Filho, a única possibilidade de diversos municípios do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco não entrarem em colapso é a chegada das águas do São Francisco. “Estamos enfrentando a maior seca da história do Nordeste”. O governador do RN, Robinson Faria, que também participou da audiência pública da CI, completou. “Infelizmente, nós, nordestinos, estamos enfrentando não apenas uma, mas duas grandes secas. A seca da falta d’água e uma seca financeira”, disse.

O senador José Pimentel (PT-CE) disse que falta pouco para que as águas do São Francisco se integrem aos rios e barragens da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Ceará. Mas as construtoras, explicou, deliberadamente deixam trechos por fazer como uma espécie de salvaguarda. “Constroem os dois extremos. É algo em torno de dez quilômetros após a terceira elevatória para chegar em Jati, que é o grande gargalo para que a água chegue na barragem de Jati”, reclamou.

Helder Barbalho, que assumiu a pasta da Integração Nacional em maio deste ano, concordou que ter cronogramas diferentes para as obras de revitalização e de transposição foi um equívoco. “Não temos o direito de constatar este problema e não enfrentá-lo. Mesmo que tardiamente, temos que agir, temos que correr contra o tempo apara garantir que o Rio São Francisco possa cumprir seu papel para os componentes da bacia e, além disso, possa ser o rio doador como aqui foi citado”, declarou.

  Da Agência Senado

POLÍCIA MILITAR DE SÃO MIGUEL PRENDE HOMEM COM DROGAS NA MADRUGADA DE DOMINGO (12)

 Em patrulhamento realizado nas adjacências do Bairro Núcleo Vieira em São Miguel, na madrugada de domingo dia 12 de maio por volta das 02...