“A Chapecoense terá que ser processada. Foi o clube que fretou a
aeronave e fez o contrato com a empresa aérea. O clube tem
responsabilidade sobre o transportado, ela teria que deixá-lo em seu
destino”, disse o advogado, que tem entre clientes as famílias do
jornalista Guilherme Marques e do produtor Guilherme Van der Lars, da TV
Globo.
Tancredo disse que pediu à Justiça o contrato do clube com a LaMia.
“Quero saber quem ficou responsável pela indenização, em casos de
acidente. Teria que ter sido feita uma apólice de seguro em nome dos
passageiros. Ela é obrigatória.”
O vice-diretor jurídico da Chapecoense, Luiz Antônio Palaoro,
defendeu que as famílias unam forças contra os responsáveis pelo
acidente. “O advogado está no direito de fazer o que quiser. Mas não
somos responsáveis; somos vítimas. O ideal é nos unirmos para brigar com
seguradoras, companhia aérea e com o governo boliviano.”
Segundo Palaoro, uma reunião com a seguradora estava marcada para
terça-feira na Bolívia, com a intenção de discutir as indenizações, mas o
encontro deve ser adiado porque a companhia não teria tido tempo hábil
para analisar os documentos enviados pela Chapecoense. “O clube ofereceu
levar os jornalistas porque havia assentos vagos, mas ninguém foi
obrigado a entrar no voo”, disse. “As pessoas que entrarem contra o
clube terão caminho mais tortuoso”, concluiu.
Estadão Conteúdo