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sábado, 10 de novembro de 2012

O que há de bom na Copa do Nordeste?


No mês de setembro passado, em um hotel de Fortaleza-CE, autoridades do futebol nordestino e nacional realizaram o sorteio dos grupos da Copa do Nordeste 2013. O torneio acontecerá entre os meses de janeiro e março e encurtará o período de realização dos estaduais de Alagoas, Ceará, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe.
Após dois anos sem a competição (a última realizada foi em 2010) o torcedor nordestino vai poder assistir a clássicos regionais emocionantes (Vide a final do Campeonato Baiano de 2012), recheados de rivalidade e com a garantia da CBF, para a edição de 2013, de premiação em torno de R$ 1 milhão pela conquista da Copa.
A competição, que tem origem no antigo Torneio José Américo de Almeida Filho de 1976, só passou a ser organizada pela CBF e acontecer com certa regularidade a partir de 1997, ano em que o Vitória se sagrou campeão.
Alegando falta de espaço no calendário nacional, a CBF interrompeu a competição no ano de 2004. Os clubes, que tinham contrato com a Confederação Brasileira garantindo a realização de mais edições, processaram a entidade e em acordo fechado em 2009 conseguiram o retorno da Copa no ano seguinte.
Mas por que tanto interesse dos clubes do Nordeste em garantir a realização do regional, "espremendo" os estaduais, se em outras regiões as competições semelhantes já foram extintas?
Observando os resultados das edições anteriores se pode observar que a competição é extremamente atraente em termos de visibilidade e receita, tanto para os clubes menores como para os clubes que disputam as principais competições nacionais.
Cassio Zirpoli, do Diário de Pernambuco, postou em seu blog que a receita geral da Copa do Nordeste de 2002 ficou por volta dos R$ 15 milhões. A média de público, por exemplo, ficou por volta de 11 mil torcedores por jogo. Número muito próximo da média de público da Série A do mesmo ano e muito superior à média do Campeonato Paulista deste ano (2012), que costuma ser o campeonato estadual com as melhores médias de público do país.
As cotas de TV de 2002 chegaram a uma média de R$ 750 mil por clube. Parece pouco se comparado com as cifras milionárias recebidas pelos clubes da Série A do brasileirão, mas se considerado o tamanho da competição é um valor bastante significativo principalmente sabendo que a Maioria dos clubes as Série B receberam este ano, por toda a competição, algo em torno de R$ 2 milhões e alguns dos clubes participantes da Copa do Nordeste não estão sequer na Série B. Esses valores permitem aos clubes melhor estruturação e planejamento para alcançar objetivos maiores.
Outro ponto importante: a CBF garantiu que a partir de 2014 o campeão da Copa do Nordeste terá vaga garantida na Copa Sul-Americana do mesmo ano. A possibilidade de participar de uma competição continental torna o Regional ainda mais atrativo para as equipes menores, que teriam dificuldades em garantir acesso à Série A do Brasileiro para pleitear uma vaga na competição continental.
O calendário sem choques com outras competições também pode se tornar interessante para os clubes e para o torcedor, pois permitiria às equipes jogarem com os principais jogadores constantes no plantel no início do ano.
Por fim permite ao torcedor grandes espetáculos entre equipes tradicionais da região, que sempre teve destaque pela presença massiva nos estádios independente da divisão de seu clube do coração.

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