A Polícia
Federal (PF) afirmou, na manhã desta segunda-feira (26), que foram presas 33
pessoas suspeitas de participar de duas organizações criminosas envolvidas em
violação de dados e em crimes financeiros. Segundo a PF, 87 mandados de busca e
apreensão foram cumpridos nos estados de São Paulo, Goiás, Pará, Pernambuco,
Rio de Janeiro e no Distrito Federal.
Dois grupos são investigados:
um por suspeita de vender informações sigilosas e outro por crimes contra o
sistema financeiro nacional. Ainda de acordo com a polícia, 67 pessoas serão
indiciadas.
Um dos
investigados na ação é Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista de
Futebol (FPF) e vice da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Pela manhã, a
residência do dirigente foi vistoriada e dois computadores foram aprendidos.
Além disso, ele foi conduzido à sede da PF onde prestou esclarecimentos e foi
liberado.
Em nota
divulgada nesta manhã (veja
íntegra abaixo), a FPF informou que a ação não está relacionada à atividade de
Del Nero como dirigente esportivo ou a seu escritório de advocacia. Em
entrevista por telefone ao G1, Marco Polo afirmou que não
pode dar detalhes por causa do segredo de Justiça. "A única coisa que
posso dizer é que não tem nada a ver com futebol nem com o meu escritório de
advocacia. É uma questão pessoal", afirmou.
Ele
não quis falar sobre o depoimento prestado. "Eu me apresentei, prestei
esclarecimentos e fui liberado. Agora é uma questão de Justiça. Precisamos
esperar e seguir a vida", disse.
Del Nero afirmou não saber que estava sendo investigado até ser "surpreendido" com a abordagem da polícia. Em sua casa, dois computadores foram apreendidos. "Toda vez que existe uma suspeita existe um sinal, mas isso precisa ser apurado. Entendo que a polícia está cumprindo seu papel, então vamos aguardar."
Segundo a PF, o inquérito policial teve início em setembro de 2011 para investigar os desdobramentos da apuração do suicídio de um policial federal na cidade de Campinas em dezembro de 2010. O fato apontou a possível utilização de informações sigilosas, obtidas em operações policiais, para extorquir políticos suspeitos de envolvimento em fraudes em licitações.
De acordo com a polícia, a operação foi batizada de "Durkheim", em referência ao sociólogo francês Émile Durkheim, autor do livro "O Suicídio".
De acordo com a polícia, a operação foi batizada de "Durkheim", em referência ao sociólogo francês Émile Durkheim, autor do livro "O Suicídio".
Suicídio
Cerca
de 400 policiais federais participam da operação que cumpriu 33 mandados de
prisão, 34 mandados de coerção coercitiva e 87 mandados de busca e apreensão.
Os mandados foram cumpridos em cinco estados e todos foram expedidos pela 2ª
Vara Criminal Federal de São Paulo.
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