A 2ª Turma do
Supremo Tribunal Federal (STF) vai começar a julgar no dia 16 de agosto um
recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para suspender ação
penal a que responde na Justiça Federal de Curitiba sobre a cessão de terreno
para construção de sede do Instituto Lula. A Procuradoria-Geral da República
(PGR) já se manifestou contra o pedido do petista.
O julgamento
será analisado pelo plenário virtual da 2ª Turma. Cada julgamento na plataforma
online dura cinco dias úteis – ou seja, a discussão do caso do ex-presidente
deve se encerrar no dia 22 de agosto.
Conforme
informou o jornal O Estado de S. Paulo em junho, o STF tem ampliado o uso do
plenário virtual, uma ferramenta que permite realizar julgamentos sem a
presença física dos ministros da Corte – e longe dos holofotes da TV Justiça.
A sessão
online só começa oficialmente após o relator enviar seu voto. Depois, os demais
integrantes da Corte podem escolher entre as seguintes opções:
“acompanho o
relator”, “acompanho o relator com ressalvas”, “divirjo do relator”, “impedido”
e “suspeito”.
No ambiente
virtual não há espaço para as discussões acaloradas que muitas vezes tomam
conta do plenário físico. Porém, a qualquer momento um dos 11 ministros da
Corte pode pedir destaque ou vista (mais tempo para análise) e levar o caso
para o plenário “presencial”.
Mudanças
O julgamento
de Lula já ocorrerá nos novos moldes do plenário virtual. Com as mudanças
implantadas pela equipe do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, será
possível acompanhar em tempo real o desenrolar do julgamento e a atualização do
placar com o voto de cada um dos ministros.
Atualmente,
os julgamentos são “fechados”, só podendo ser acompanhados minuto a minuto
pelos próprios gabinetes – os resultados costumam ser divulgados apenas depois
da conclusão da sessão.
Segundo
auxiliares de Toffoli, o plenário virtual é seguro e até hoje não foi registrada
nenhuma tentativa de ataque cibernético contra a plataforma.
Estadão Conteúdo
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