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sábado, 6 de julho de 2019

DANÇARINA DA BANDA SALA DE REBOCO MORRE EM AÇÃO POLICIAL EM IRECÊ, NO CEARÁ


Cinco pessoas estavam em um carro quando o veículo foi atingido por disparos efetuados pelos policiais em Irecê. Jovem de 25 anos morreu e vocalista, Joelma Rios, falou sobre o caso.

"Atiraram para matar. Eu nunca passei por isso", diz Joelma Rios, de 44 anos, vocalista da banda cearense Sala de Reboco, sobre a ação policial que deixou ela e o sanfoneiro do grupo feridos, além de causar a morte da dançarina da banda.
O caso ocorreu na madrugada desta sexta-feira (5), em Irecê, e também estavam no carro outra dançarina do grupo e o motorista do veículo.

Joelma foi atingida nas nádegas e de raspão no braço. Após receber atendimento, foi liberada do hospital. Ela conta que apesar de perceber que se recupera bem, o sentimento de tristeza toma conta dela e de todos da banda.

"Imprudência. Infelizmente perdemos nossa companheira, Gabi, de 25 anos, era uma menina maravilhosa, tão meiga, nossa companheira. A gente vai voltar sem ela, a família esperando. Ela fazia de tudo um pouco, costurava, era cabeleireira, vivia batalhando. No período do São João, a gente organizou uma turma e chamou ela [Gabriela] para completar a equipe", relatou Joelma, que está há três anos nos vocais da banda.

Emocionada, a cantora relembrou o momento da ação que causou a morte de Gabriela. Ela contou que as marcas dos tiros estavam no carro e na sanfona de Eliedelson Possidônio Júnior, que foi atingido na perna.

Gabriela e Possidônio foram socorridos para o Hospital Regional de Irecê. A dançarina não resistiu aos ferimentos. Já o sanfoneiro corre o risco de perder a perna.

Joelma relatou que ela e os demais foram surpreendidos pelos tiros e que não houve qualquer sinalização policial para abordagem, como sinal de luz ou funcionamento do giroflex. Na ocasião, foi notado pelas dançarinas que um carro estava seguindo eles, mas que o grupo não viu que era viatura, pois as luzes estavam baixas.

"As meninas [dançarinas] perceberam e falaram: 'Tem alguém seguindo a gente'. Para desviar seguimos por outras ruas da cidade e chegamos a achar que não tinha mais ninguém nos seguindo. Até que tinha um carro atravessado na rua, no escuro e só ouvimos os disparos. Assustado, o motorista acelerou. Cada um tem uma reação diante de um caso desconhecido", relembra.

Leia na íntegra Aqui.

G1

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