Estudantes do ensino superior que aderiram ao Fundo de Financiamento
Estudantil (Fies) e estão com parcelas atrasadas em, no mínimo, 90 dias têm até
o dia 29 de julho para pedir a renegociação da dívida. A proposta facilita o
pagamento dos valores, pois os alunos podem quitá-los em até 48 meses. Antes
disso, era apenas à vista.
A regra, no entanto, é que só podem pedir a renegociação quem firmou o
contrato com o Fies até o segundo semestre de 2017. Mais de 500 mil alunos
estão com os contratos de financiamento na fase de amortização e com atraso no
pagamento das prestações.
“Queremos criar as condições para esses jovens, que estão numa situação
irregular que atrapalha a vida deles. Estamos abrindo uma renegociação em que
eu sei que é muito dinheiro para a maioria de nós, mas dada a dívida, esse
jovem com R$ 1 mil reais de entrada e uma parcela a partir de R$ 200 por mês
consegue regularizar a situação dele”, explica o ministro da Educação Abraham
Weintraub.
O saldo devedor em atraso alcança, aproximadamente, R$ 2,2 bilhões. A
depender do tipo contrato, a renegociação também poderá ser feita pelo prazo de
amortização, além da opção de dividir em 48 meses. Se considerado o saldo
devedor integral desses contratos, o valor alcança cerca de R$ 11 bilhões.
Segundo diretor de Gestão de Fundos e Benefícios do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE), Luiz Blumm, a iniciativa é importante para
que os alunos continuem os estudos e estejam regularizados junto às
instituições bancárias. “Pela primeira vez, o MEC, através do FNDE, acertou com
as instituições bancárias que fosse feita essa renegociação para evitar que os
alunos, ou seus fiadores, fossem executados judicialmente”, detalha.
Como regularizar
Os interessados deverão procurar a instituição bancária onde houve foi
assinado o contrato. O valor da parcela resultante da renegociação não poderá
ser inferior a R$ 200. Além disso, o estudante deverá pagar a parcela de
entrada – que corresponde ao maior valor entre 10% da dívida consolidada
vencida e R$ 1.000.
Fonte: MEC
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