Em discurso
convenção nacional do DEM, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, insinuou
nesta quinta-feira, 30, que o presidente Jair Bolsonaro pode voltar para o
partido. Bolsonaro se filiou ao PSL no ano passado para disputar a eleição ao
Palácio do Planalto, mas em 2005 chegou a integrar as fileiras do PFL, hoje
DEM.
“Temos um
ex-filiado do PFL, do DEM, que olha para o nosso partido com imenso respeito e
com olho de, quem sabe, querer voltar para casa”, afirmou Onyx. Em conversas
reservadas, Bolsonaro já reclamou mais de uma vez dos problemas enfrentados no
PSL, que tem uma bancada de novatos no Congresso e muitas vezes atua como
oposição ao Palácio do Planalto. Interlocutores do presidente já disseram, em
outras ocasiões, que ele avalia a possibilidade de deixar o PSL.
Questionado se
havia conversado com Bolsonaro sobre o retorno ao DEM, Onyx abriu um sorriso.
“Não. É um sonho meu”, respondeu ele. O presidente já trocou várias vezes de
partido, desde o início de sua carreira política, nos anos 80.
Em vários
momentos da convenção, que ocorreu em Brasília, Onyx ficou com a voz embargada
ao discorrer sobre a trajetória do DEM e disse que Bolsonaro – chamado por ele
de “capitão” – foi “o escolhido” por Deus para fazer a “transformação” do País
e ser o alicerce de uma aliança “liberal-conservadora”.
“A esperança, na época deles, era vermelha. A nossa é apaixonadamente
verde-amarela”, discursou o ministro, em uma referência aos governos do PT.
Alvo de críticas por causa da fragilidade da articulação política do governo
com o Congresso, o titular da Casa Civil também definiu os presidentes da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), como
“duas bênção que Deus trouxe para ajudar o capitão Bolsonaro”.
Estadão Conteúdo
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