Dezessete
detentos envolvidos no massacre de 55 presos em presídios do Amazonas foram
transferidos para a Penitenciária Federal de Mossoró. A transferência foi
concluída na noite desta quinta (30). A direção do presídio federal confirmou a
chegada dos presos.
Outros
nove detentos já haviam sido transferidos de Manaus na terça (28): três para a
Penitenciária Federal de Brasília e seis para para Catanduvas, no Paraná.
Massacre
em Manaus
A
suspeita das autoridades é de que o massacre nos presídios de Manaus tenha sido
motivada por uma disputa pelo comando de uma mesma facção. Na noite desta
terça-feira, chegou ao estado o grupo da Força-Tarefa de Intervenção
Penitenciária (FTIP), que ficará por 90 dias dentro das unidades onde ocorreram
os conflitos.
A maioria
dos 55 detentos mortos nesta semana morreu de asfixia ou golpeada por objeto
perfurante. Até esta terça-feira, 16 corpos haviam sido liberados. O massacre é
o segundo ocorrido no Amazonas em menos de 3 anos.
Em 2017,
os presídios de Manaus já tinham sido palco do maior massacre do sistema
penitenciário do estado, com 65 mortes dentro de unidades prisionais — foram 56
casos apenas no Compaj. Naquela época, membros da Família do Norte (FDN)
atacaram presos do Primeiro Comando da Capital (PCC) durante uma rebelião que
durou 17 horas.
O juiz
Glen Machado, titular da Vara de Execução Penal, disse que os novos confrontos
ocorreram por causa de uma briga de poder dentro da FDN, que age nos presídios
do Norte e Nordeste do país e domina a rota do tráfico no rio Solimões.
G1 RN
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