A Justiça do Estado do Rio Grande do Norte acaba de determinar que a
jovem Emilly Karolini, de 22 anos, seja posta em liberdade para responder pelo
crime de homicídio e/ou infanticídio.
Emilly Karolini teve o filho prematuro (cerca de 31 semanas no dia 17 do
mês) dentro do banheiro de casa, no Planalto 13 de Maio, e depois o jogou pela
janela, matando-o com o impacto com o solo.
O delegado Evandro dos Santos, que estava de plantão, apurou o caso e
autuou Emilly Karolini por homicídio. Ela morava no mesmo apartamento com os
pais, que também foram interrogados.
A auto de prisão em flagrante foi enviado à justiça, para homologação ou
não. Terminou sendo homologado e o caso passou tramitar no Poder Judiciário e
também na Polícia Civil. Os policias querem saber se mais alguém participou do
crime.
O advogado Otoniel Maia, solicitou ao Poder Judiciário, em caráter de
urgência, exames médicos especializados em Emilly Karolini, para provar que e a
reação ao parto, matando a criança era em função da depressão pós parto.
Os exames foram concluídos e entregues a Justiça nesta quinta-feira, 28
de fevereiro. de 2019. Diante da urgência do caso, no mesmo dia chegou ao
promotor de Justiça Ítalo Moreira Martins para parecer.
O promotor confirmou o fato.
Disse que recebeu o pedido de parecer e, anexo, haviam dois laudos,
atestando a depressão pós parto de Emilly Karolini. Diante de tais fatos
técnicos, opinou pela imediata liberdade da jovem.
"Em ambos laudos concluíram não apenas que ela tinha problemas
psiquiátricos como também que sua ação foi potencializado pelo estado puerperal,
que é um estado que tira a plena capacidade da gestante logo depois do
parto", explica Ítalo Moreira.
O advogado Otoniel Maia Junior confirmou que realmente a jovem havia
ganho liberdade para responder pelo crime. No entendimento dele, nestes casos,
não deveria ter ocorrido a prisão.
O posicionamento do advogado parece com o que pensa o promotor Italo
Moreira, baseado no que é dito pela Legislação Penal Brasileira. "Art. 123
- Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto
ou logo após: Pena - detenção, de dois a seis anos", diz.
Os familiares de Emilly Karolini não gravaram entrevista.
Mossoró Hoje
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