O ex-ministro e
candidato derrotado do PDT à Presidência, Ciro
Gomes, voltou a criticar duramente o PT e disse ter se tornado alvo por ameaçar a
“hegemonia apodrecida” da antiga sigla aliada. Ao Estadão/Broadcast, Ciro voltou a
afirmar que enxerga no “lado bandido” do PT a origem do movimento que culminou
na eleição do presidente Jair Bolsonaro e levou a sigla à atual
condição de paralisia.
“Bolsonaro é
produto do lado bandido do PT. E eu continuo achando que quem está mandando ali
(no PT) é esse lado bandido. Eles estão completamente perdidos. Por isso, só
resta agora a esse lado bandido do PT bater em mim”, afirmou Ciro, ao comentar
os recentes atritos com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Na troca de ataques lançados na
semana passada, Gleisi chegou a ser chamada de “chefe de quadrilha” e Ciro, de
“coronel oportunista”. “O PT sabe que eu e o PDT ameaçamos essa
hegemonia apodrecida deles.”
Ciro criticou,
por exemplo, a decisão dos petistas de se ausentar da cerimônia de posse do presidente Jair Bolsonaro,
mas participar da posse de Nicolás Maduro na
Venezuela. “É antidemocrático”, pontuou.
Ao falar sobre
os planos do PDT para a articulação da oposição no Congresso, Ciro disse que
seu partido tem atuado em sintonia com legendas como PCdoB e PSB. Ele ponderou que, diante de assuntos como a
reforma da Previdência, é inevitável que todos os partidos que integram a
oposição ao governo trabalhem em conjunto, inclusive o PT.
“Temos que ter
em mente que a luta, a partir de agora, se dará em questões práticas. Temos
consciência de que somos minoria. Por isso, temos que atuar em conjunto para
atenuar danos”, afirmou.
ESTADÃO CONTEÚDO
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