Professores da rede estadual de ensino chegaram a um acordo com o
Governo do Rio Grande do Norte, e os servidores da ativa devem receber já na
folha de abril um reajuste de 4,17% no piso salarial. A categoria se reuniu em
assembleia na manhã desta quarta-feira, 20, na Escola Estadual Winston
Churchill, em Natal, e aprovou a última de três propostas apresentadas pela
gestão estadual.
Segundo a proposta, que agora terá de ser encaminhada para aprovação da
Assembleia Legislativa, todos os profissionais da educação que estão na ativa
receberão o aumento a partir da folha de abril. O retroativo a janeiro será
pago em três parcelas: a primeira em abril; a segunda, em maio; e a terceira,
em junho.
Aposentados e pensionistas terão a alta de 4,17% em seus benefícios
apenas a partir de maio. A diferença do aumento em relação a janeiro, segundo a
proposta, será paga em junho. E o retroativo a fevereiro, março e abril seria
depositado para os inativos em seis parcelas: nos meses de julho a dezembro.
Coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do
Rio Grande do Norte (Sinte), o professor José Teixeira disse que a proposta
aprovada na assembleia desta quarta-feira “não é a dos sonhos”. “Mas, diante da
exposição do governo e das dificuldades de receita que são colocadas, acolhemos
a proposta”, ponderou.
O aumento do piso salarial dos professores foi definido pelo Ministério
da Educação no final do ano passado. Com o reajuste de 4,17%, o valor nominal
deverá ser de R$ 2.557,73. Governos estaduais e prefeituras são obrigadas, por
lei, a pagar este valor para os seus professores desde janeiro, mas, por
insuficiência orçamentária, apenas agora o governo potiguar chegou a um acordo
com os seus servidores.
SALÁRIOS ATRASADOS
Os professores da ativa são pagos com recursos do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), enviados pelo governo federal. Por
causa disso, no Rio Grande do Norte, a categoria é uma das poucas que está com
os salários em dia.
Os aposentados e pensionistas, entretanto, são pagos com recursos
estaduais. Uma parte desses professores ainda não recebeu os benefícios de
novembro de 2017 e novembro de 2018. Além disso, nenhum dos inativos recebeu o
13º benefício do ano passado.
O Governo do Estado, sob a gestão da governadora Fátima Bezerra desde o
início deste ano, alega falta de recursos para não efetuar esses pagamentos.
A administração estadual aguarda receitas extraordinárias para quitar o
passivo herdado. Uma das iniciativas neste sentido é uma operação de crédito
que o governo persegue para antecipar receitas de royalties que só deveriam ser
creditadas para o Estado, mês a mês, até o fim de 2022. Com a operação, a
gestão espera receber pelo menos R$ 315 milhões.
As informações são do Agora RN.
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