No Dia Mundial de Luta contra a
Tuberculose, que é lembrado neste domingo (24), o Ministério da
Saúde lançou uma campanha alertando para os sintomas, o diagnóstico precoce
e o tratamento sem interrupção. A campanha será voltada principalmente para
homens entre 25 e 40 anos, grupo mais afetado pela doença.
De acordo com a pasta, a estimativa é
que, em 2017, 10 milhões de pessoas tenham adoecido por tuberculose e que a
doença tenha causado cerca de 1,3 milhão de óbitos, o que a mantém entre as dez
principais causas de morte no planeta.
No Brasil, a incidência da tuberculose
nesse período foi de 34,8 casos por 100 mil habitantes. Foi
registrado ainda um total de 4.534 óbitos pela doença, resultando em um
coeficiente de mortalidade de 2,2 óbitos por 100 mil habitantes.
O país, segundo o ministério, atingiu as
metas dos Objetivos do Milênio de combate à tuberculose, que previam reduzir,
até 2015, o coeficiente de incidência e de mortalidade da doença em 50% quando
comparado aos resultados de 1990. Em 2018, entretanto, foram registrados 72,8
mil casos novos no país.
“Apesar de ter avançado, o
brasileiro deve ficar sempre alerta”, destacou a pasta, ao reforçar a
importância de se começar o tratamento o quanto antes. A terapia de combate à
tuberculose está disponível gratuitamente em unidades públicas de saúde e
mantê-lo até o final é essencial para atingir a cura da doença.
A doença
A tuberculose é uma doença
infectocontagiosa que afeta principalmente os pulmões, mas também pode acometer
órgãos como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o
cérebro). Embora seja uma doença passível de ser prevenida, tratada e
mesmo curada, ela ainda mata cerca de 4,7 mil pessoas todos os anos no Brasil.
Os sinais e sintomas mais frequentes
incluem tosse seca ou com secreção por mais de três semanas, podendo
evoluir para tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo e
prostração; febre baixa geralmente no período da tarde; suor noturno; falta
de apetite; emagrecimento acentuado; e rouquidão.
Alguns pacientes, entretanto, não exibem
indícios da doença, enquanto outros apresentam sintomas aparentemente simples e
que não são percebidos durante alguns meses. A tuberculose pode ser confundida
com uma gripe, por exemplo, e evoluir durante três a quatro meses sem que a
pessoa infectada saiba.
A transmissão é direta, de pessoa a
pessoa. O doente expele ao falar, espirrar ou tossir pequenas gotículas de
saliva que podem ser aspiradas por outro indivíduo.
Prevenção e tratamento
De acordo com o ministério, a vacina BCG
é obrigatória para menores de 1 ano, já que protege as crianças contra as
formas mais graves da doença. A melhor forma de prevenir a transmissão da
doença, segundo a pasta, é fazer o diagnóstico precoce e iniciar o tratamento
adequado o mais rápido possível. Com 15 dias após iniciado o tratamento, a
pessoa já não transmite mais a doença.
O tratamento deve ser feito por um
período mínimo de seis meses, diariamente e sem nenhuma interrupção. Ele
só termina quando o médico confirmar a cura total do paciente.
Cada paciente com tuberculose pulmonar
que não se trata pode infectar, em média, de dez a 15 pessoas por
ano. Alguns fatores contribuem para a disseminação da doença, como a pobreza e
a má distribuição de renda, a desnutrição, as más condições sanitárias e a alta
densidade populacional.
Agência Brasil
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