Maria
Porfírio de Sousa já tinha sido presa em 2005 também por tráfico de
entorpecentes e, conforme as investigações, ela recebia ordens de
detentos de presídios de João Pessoa e Campina Grande, recebia as drogas
em casa e comercializa para usuários, além de fornecer para outros
pontos de distribuição. Em depoimento a Polícia, a idosa alegou não
saber o motivo pelo qual estava sendo presa.
“Ela
é um dos braços da facção criminosa, responsável pelo escoamento da
droga. Soledade hoje é considerado um centro de distribuição de drogas, o
recebimento destas drogas no município de Juazeirinho era através dessa
senhora”, explicou o delegado Lamartine Lacerda. Ele revelou ainda que
Maria Porfírio vendia maconha, cocaína e crack. Na casa da idosa, os
policiais apreenderam telefones celulares, tablets e ainda extratos
bancários, que serão estudados para saber qual o ganho financeiro de
Maria Porfírio e dos demais envolvidos.
A
prisão da idosa é resultado da ‘Operação Nêmesis’, realizada pelas
Polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal. Além da mulher, os
policiais prenderam ainda outras 13 pessoas, realizou outras quatro
prisões preventiva de detentos que estão em presídios de João Pessoa,
Campina Grande, Soledade e Patos.
Segundo
a Polícia, além de tráfico de drogas, os presos seriam responsáveis
também por homicídios e estouro de caixas eletrônicos. As investigações
apontaram que os assassinatos aconteciam quando as vítimas se negavam a
participar da facção criminosa.
O
delegado informou que todos foram identificados após a Operação Narcos,
realizada em maio, quando sete pessoas foram presas. Eles seriam parte
da mesma quadrilha e cumpririam a ordem de ações dos bandidos já retidos
nos presídios PB1, em João Pessoa, Penitenciária Padrão Romero Nóbrega,
em Patos, Penitenciária Raimundo Asfora, conhecida por presídio do
'Serrotão', em Campina Grande, e Cadeia Pública de Soledade.
“Diz
respeito a uma organização criminosa, que foi alvo da Operação Narcos, e
agora a gente conseguiu identificar mais alguns membros. O intuito é
desarticular essa facção criminosa que vem acabando com a paz da
cidade”, comentou o delegado.
Segundo
o Coronel Pablo Cunha, da PM, houve apoio de policiais militares que
moram em Soledade e repassaram informações. Ele explicou que são pessoas
de alta periculosidade e que ameaçavam moradores da região.
“Eles
expulsaram pessoas das comunidades, tiraram famílias inteiras, mataram
crianças, adolescentes e familiares de moradores. Eles cometiam tráfico
de drogas, homicídios, ameaça, invasão de domicilio, roubo, tortura,
tudo que se imaginar de crimes com relação a entorpecentes eram
cometidos por este pessoal”, afirmou.
Portal Correio