
A
secretária aponta o enfrentamento ao tráfico de drogas como principal
passo para que o estado possa diminuir a violência nos próximos anos,
mas considera que precisa de recursos e policiais suficientes para isso.
“Quando
a gente faz um trabalho direto contra o tráfico de drogas, a gente
reduz as mortes. Foi o que aconteceu em Parnamirim”, diz a titular da
pasta. Sheila afirma que o município da Grande Natal teve a criminalidade
reduzida após uma série de operações policiais que desarticularam grandes quadrilhas. O problema é que o negócio migra.
Neste
ano, Ceará-Mirim, também na região metropolitana da Grande Natal,
despontou com uma alta de homicídios, atribuídos pelas autoridades
policiais ao tráfico. Além disso, a começar pela morte de 26 apenados na
Penitenciária Estadual de Alcaçuz, o ano contou com muitas chacinas e
casos de múltiplas mortes, lembrou Sheila, ligados também a essas
disputas.
A
secretária afirma que a polícia vem trabalhando sobre as manchas
criminais (regiões com mais estatísticas de criminalidade), porém conta
com poucos policiais. “O Estado tem um plano, mas não tem como torná-lo
efetivo sem pessoal”, comenta.
Sobre
essa demanda, ela afirma que o estado só poderá apresentar melhor
resposta no segundo semestre do próximo ano. Até o fim de outubro, ela
afirma, deverá ser lançado o edital com mil vagas para policiais
militares. Os primeiros 500 devem ser convocados logo em seguida para o
curso de formação e chegarem às ruas no segundo semestre do próximo ano.
Quando
o assunto são os recursos financeiros, a pasta aguarda a liberação de
um empréstimo do governo do estado com a Caixa Econômica Federal no
valor de R$ 698 milhões. Desse total, R$ 50 milhões serão destinados
para a Segurança, na recuperação de prédios e compras de materiais para
as polícias e para o Corpo de Bombeiros. Porém ainda não há expectativa
de quando esse dinheiro será liberado.
Perfil da vítima
De
acordo com a Secretaria de Segurança do RN, o perfil da vítima de
assassinato no RN é homem jovem, com idade entre 19 e 24 anos, solteiro,
pobre, vítima de arma de fogo em 90% dos casos. “Estamos preocupados
com o crescimento das mortes de crianças e adolescentes entre 10 e 17
anos”, diz Sheila.
G1 RN