O Hospital das Clínicas (HC), da Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo, começará em agosto a treinar, capacitar e certificar
médicos radiologistas intervencionistas de todo o Brasil para que eles
possam usar uma técnica utilizada no HC, há pelo menos oito anos e que
foi reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina: a Embolização das
Artérias da Próstata, usada para tratar o crescimento benigno de
próstata.
Desenvolvida pelo médico radiologista intervencionista Francisco Carnevale, a técnica é considerada minimamente invasiva porque não precisa de anestesia geral e permite que o paciente saia do hospital duas horas depois da cirurgia. Por meio de um tubo flexível de dois milímetros de diâmetro, os médicos injetam na próstata micro esferas de resina acrílica inofensiva ao organismo para diminuir o tamanho do órgão e aliviar a obstrução da uretra, permitindo a passagem da urina.
Radiologistas intervencionistas
De acordo com Carnevale, para estarem aptos a realizar a técnica, os radiologistas intervencionistas terão de fazer dez procedimentos para receber a certificação. “Esses médicos selecionarão em suas instituições pacientes candidatos a receber o tratamento. Os dados sobre esses tratamentos serão enviados ao Conselho Federal de Medicina que fará a interpretação para que, em um período de dois a cinco anos, saia uma posição oficial do conselho e esses procedimentos sejam aprovados para uso no Sistema Único de Saúde (SUS) e nos planos de saúde suplementar”. O sucesso do tratamento, realizado em 250 pacientes, desde 2008, foi de 91%, com redução de 30% no tamanho da próstata. Dos 11 pacientes tratados no estudo inicial, 10 voltaram a urinar espontaneamente nos dias seguintes ao procedimento.
De acordo com Carnevale, para estarem aptos a realizar a técnica, os radiologistas intervencionistas terão de fazer dez procedimentos para receber a certificação. “Esses médicos selecionarão em suas instituições pacientes candidatos a receber o tratamento. Os dados sobre esses tratamentos serão enviados ao Conselho Federal de Medicina que fará a interpretação para que, em um período de dois a cinco anos, saia uma posição oficial do conselho e esses procedimentos sejam aprovados para uso no Sistema Único de Saúde (SUS) e nos planos de saúde suplementar”. O sucesso do tratamento, realizado em 250 pacientes, desde 2008, foi de 91%, com redução de 30% no tamanho da próstata. Dos 11 pacientes tratados no estudo inicial, 10 voltaram a urinar espontaneamente nos dias seguintes ao procedimento.
“O paciente não tem algumas complicações relacionadas à anestesia. Também não tem prejuízos para a função erétil, para a ejaculação e não tem incontinência urinária, além de parar de tomar medicamentos”. Ele destacou ainda uma diminuição de custos e menor agressão para a região da próstata.
Alerta, a seguir, para o fato de que - para que o tratamento seja indicado - é preciso uma avaliação prévia do urologista, que é o médico que conhece profundamente a doença e vai acompanhar o homem durante toda a vida. “Quando se pensar na indicação desse tipo de tratamento como alternativa, que seja uma decisão entre paciente, urologista e o radiologista intervencionista, que é o cirurgião responsável pelo procedimento minimamente invasivo guiado por métodos de imagem. A decisão é entre essas três pessoas, sempre respeitando a vontade do paciente”, finaliza. Edição: Kleber Sampaio.
Portal Agência Brasil