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segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Câmara municipal de vereadores da cidade Pereiro/CE; Uma aula de decepção

Se o assunto é desagradar o povo, a Câmara Municipal de Pereiro é craque nesse quesito. Mesmo com toda pressão da classe de professores e da população, a Casa resolveu bater o pé feito “menino ruim” e não votou um simples projeto de destinação de recursos do antigo FUNDEF, hoje FUNDEB. O projeto era simples; dá ao professor o que de fato era deles e não havia sido repassado antes.

Deu para perceber na forma truculenta que a mesa diretora da Casa agiu no dia da votação que a educação não é mesmo prioridade dos representantes do povo. Dos 11 eleitos e diplomados com a ajuda dos professores, apenas três se manifestaram a favor da causa do “magistério”.  

A presença da policia, que, diga-se de passagem, era muita, causou certo estranhamento no processo. Há quem achou bonito e defendeu a ação da Mesa Diretora. Uns dizia que era para proteger a grande quantidade de pessoas do local, mas, todos sabem que os respeitados “fardados” estavam lá para proteger os “parlamentares”.

O problema é que muito dos vereadores que ali estavam votando não sabia sequer o que estava votando. Era triste assistir tantos professores respeitados e renomados nas mãos de 11 vereadores que em sua maioria não entedia o porquê de tamanha movimentação pela aprovação.

Muitos vão “justificar” as suas posições dizendo que não votou porque era um projeto enviado pelo prefeito municipal. Eu mesmo ouvi um vereador dizer: eu não voto em nada que Amar enviar aquela Casa.

Só tem um, porém; Amar fez a parte dele; os professores fizeram a parte deles; a União fará sua parte; mas tudo irá se esbarrar na mesa de 11 “votados” que “na sua maioria” não se preocupa com a coletividade.  

A repercussão sobre o assunto foi algo foram do comum. Todos sabem que a posição dos vereadores contrários à matéria é uma indicação do ex-prefeito Neto Estevam. Foi ele o responsável pelo o “não” dos senhores do “sim”.

Acreditamos apenas que Neto Estevam (inteligente politicamente como é) não foi feliz nessa decisão. O ex-gestor deixou a classe chateada e ainda conseguiu destilar o “rancor” da maioria dos familiares.

Sexta-feira a matéria deve voltar à mesa dos parlamentares pereirense. Eles terão uma nova oportunidade de se redimir da decisão impensada e quem sabe diminuir um pouco a “tristeza” que causa na população, toda vez que votam contra um projeto de interesse da coletividade. Assim como fizeram no projeto sobre o maquinário para o sertão e do concurso público.  

Quem vota contra professor está votando contra os filhos; contra as famílias; contra uma sociedade melhor. Sabe bem esses senhores do “Sim ou não” que esses mesmo que eles não valorizam hoje pode fazer falta amanhã. Ou será que eles esquecem que professor é formador de opinião e convive diariamente com o povo?

É preciso que se tenha cuidado com as nossas decisões hoje para que amanhã não nos arrependamos. Mas como dizia Magalhães Pinto: Política é como nuvem. Você olha e ela esta de um jeito. Olha de novo e ela já mudou.

*Damião Flávio Silveira

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