Se o assunto é desagradar o povo, a
Câmara Municipal de Pereiro é craque nesse quesito. Mesmo com toda pressão da
classe de professores e da população, a Casa resolveu bater o pé feito “menino
ruim” e não votou um simples projeto de destinação de recursos do antigo FUNDEF,
hoje FUNDEB. O projeto era simples; dá ao professor o que de fato era deles e
não havia sido repassado antes.
Deu para perceber na forma truculenta
que a mesa diretora da Casa agiu no dia da votação que a educação não é mesmo
prioridade dos representantes do povo. Dos 11 eleitos e diplomados com a ajuda
dos professores, apenas três se manifestaram a favor da causa do “magistério”.
A presença da policia, que, diga-se
de passagem, era muita, causou certo estranhamento no processo. Há quem achou
bonito e defendeu a ação da Mesa Diretora. Uns dizia que era para proteger a
grande quantidade de pessoas do local, mas, todos sabem que os respeitados “fardados”
estavam lá para proteger os “parlamentares”.
O problema é que muito dos
vereadores que ali estavam votando não sabia sequer o que estava votando. Era triste
assistir tantos professores respeitados e renomados nas mãos de 11 vereadores
que em sua maioria não entedia o porquê de tamanha movimentação pela aprovação.
Muitos vão “justificar” as suas
posições dizendo que não votou porque era um projeto enviado pelo prefeito
municipal. Eu mesmo ouvi um vereador dizer: eu não voto em nada que Amar enviar
aquela Casa.
Só tem um, porém; Amar fez a parte
dele; os professores fizeram a parte deles; a União fará sua parte; mas tudo irá se
esbarrar na mesa de 11 “votados” que “na sua maioria” não se preocupa com a
coletividade.
A repercussão sobre o assunto foi algo
foram do comum. Todos sabem que a posição dos vereadores contrários à matéria é
uma indicação do ex-prefeito Neto Estevam. Foi ele o responsável pelo o “não”
dos senhores do “sim”.
Acreditamos apenas que Neto Estevam
(inteligente politicamente como é) não foi feliz nessa decisão. O ex-gestor
deixou a classe chateada e ainda conseguiu destilar o “rancor” da maioria dos
familiares.
Sexta-feira a matéria deve voltar à
mesa dos parlamentares pereirense. Eles terão uma nova oportunidade de se
redimir da decisão impensada e quem sabe diminuir um pouco a “tristeza” que
causa na população, toda vez que votam contra um projeto de interesse da
coletividade. Assim como fizeram no projeto sobre o maquinário para o sertão e
do concurso público.
Quem vota contra professor está
votando contra os filhos; contra as famílias; contra uma sociedade melhor. Sabe
bem esses senhores do “Sim ou não” que esses mesmo que eles não valorizam hoje
pode fazer falta amanhã. Ou será que eles esquecem que professor é formador de
opinião e convive diariamente com o povo?
É preciso que se tenha cuidado com
as nossas decisões hoje para que amanhã não nos arrependamos. Mas como dizia Magalhães
Pinto: Política é como nuvem. Você olha e ela esta
de um jeito. Olha de novo e ela já mudou.
*Damião Flávio Silveira