sábado, 16 de agosto de 2014

Marina dá aval para que PSB consulte lideranças sobre sua candidatura


Procurada pela cúpula do PSB nesta sexta-feira (15), Marina Silva deu aval ao partido para que inicie consulta aos principais dirigentes da legenda sobre a possibilidade de que ela assuma a candidatura à Presidência da República.

O presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, e o coordenador-geral da campanha de Eduardo Campos, Carlos Siqueira, se encontraram com a ex-senadora em São Paulo.

A Folha apurou que Amaral disse a Marina –vice na chapa de Campos– que o partido irá iniciar consulta aos governadores, congressistas e principais prefeitos da legenda sobre o rumo a ser tomado após a morte de Campos. Em seguida, perguntou se a ex-senadora tinha objeção de que seu nome fosse apresentado nessa sondagem como opção de candidatura.

Segundo relatos, Marina afirmou que não se opunha. Desde o acidente de quarta-feira, ela tem evitado tratar de política em respeito ao luto pela morte do companheiro de chapa.

De acordo com o cronograma detalhado por Amaral, o resultado da consulta será levado para a executiva do partido, que tem reunião marcada para quarta-feira (20), em Brasília, para definir a candidatura.

Apesar de haver maioria no PSB pela escolha de Marina, há setores que resistem a seu nome. Entre outros pontos, há insatisfação pelo fato de ela ser recém-filiada ao PSB e ter deixado sempre claro que pretende deixar a legenda assim que conseguir colocar de pé o seu partido, a Rede Sustentabilidade.

Além disso, o próprio Amaral, que era vice de Campos no PSB, defendia que o partido apoiasse a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

Candidata à Presidência em 2010, quando ficou em terceiro lugar, Marina tentou montar a Rede Sustentabilidade para disputar novamente o Planalto em outubro, mas não conseguiu fazer isso a tempo. Ela então se aliou a Campos em outubro de 2013 e se filiou ao PSB. Neste ano, foi escolhida como a vice na chapa ao Planalto.

ACIDENTE

O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Henrique Accioly Campos, 49, morreu na quarta em acidente aéreo em Santos, litoral paulista, onde cumpriria agenda de campanha. O jato Cessna 560 XL, prefixo PR-AFA, partira do Rio e caiu em área residencial.

Dois pilotos e quatro assessores também morreram, e sete pessoas em solo ficaram feridas. Os restos mortais removidos do local do acidente chegaram na noite de quarta-feira na unidade do IML (Instituto Médico Legal) na rua Teodoro Sampaio, no bairro Pinheiros, em São Paulo. A Aeronáutica investiga a queda.

Governador de Pernambuco por dois mandatos, ministro na gestão Lula, presidente do PSB e ex-deputado federal, Campos estava em terceiro lugar na corrida ao Planalto, com 8% no Datafolha. Conciliador, era considerado um expoente da nova geração da política.

O PSB tem dez dias para anunciar eventual substituição do candidato. Adversários na disputa, PT e PSDB já se preparam para enfrentar Marina Silva, a vice de Campos. Candidata à reeleição, a presidente Dilma Rousseff (PT) decretou luto oficial de três dias e afirmou que o acidente "tirou a vida de um jovem político promissor". Também presidenciável, Aécio Neves (PSDB) disse ter perdido um amigo.

Marina declarou que guardará dele a imagem de "alegria" e "sonhos". Campos morreu num 13 de agosto, mesmo dia da morte do avô, o também ex-governador Miguel Arraes (1916-2005). Campos deixa mulher, Renata Campos, e cinco filhos, o mais novo nascido em janeiro. "Não estava no script", disse Renata.

Fonte: Folha.com

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