A CSDR está sendo administrada pela junta administrativa comandada pelo juiz Orlan Donato desde outubro de 2014. Começou com 30 leitos. Em novembro, ampliou para 60. Em dezembro passou para 72 leitos. Atualmente faz mais de 350 partos por mês.
“E pode fazer até 700 partos se for feito os investimentos corretos”, destaca a chefe da junta administrativa Larizza Queiroz. No caso de atingir este patamar, vai está atendendo toda a demanda da região oeste do Rio Grande do Norte para partos de baixo, médio e alto risco.
Em tese, a CSDR voltou a funcionar. Mas não é só. Com os recursos arrecadados em função dos atendimentos feitos pelo SUS, a CSDR vai abrir mais 30 leitos para funcionar o Programa Mãe Canguru. O local está sendo reformado, recebendo móveis e refrigeração adequada.
Como sobra espaço, a junta administrativa decidiu por investir cerca de R$ 300 mil para colocar em funcionamento quatro centros cirúrgicos. “A nossa meta é fazer por mês, em média, 300 cirurgias eletivas custeadas pelo SUS”, destaca Larizza Queiroz.
Com as cirurgias eletivas sendo feitas, a secretária de Saúde Leodise Cruz, da Prefeitura de Mossoró, diz que o Hospital Regional Tarcísio Maia terá mais espaço para atender melhor a população de todo o Oeste do Rio Grande do Norte.
Estes pacientes aguardavam para fazer este tipo de cirurgia nas enfermarias do HRTM. Como não havia como a Prefeitura de Mossoró viabilizar a contratação dos profissionais, existe uma fila enorme de pacientes aguardando cirurgias eletivas de tipos variados.
Além destas salas cirúrgicas, que estão praticamente prontas, estão sendo preparados outros 34 apartamentos, para o restabelecimento dos pacientes no período pós-cirúrgico. “E ainda vamos ficar com espaço sobrando para outros 34 apartamentos”, destaca Larizza Queiroz.
Com outro investimento aproximado a R$ 400 mil, também do SUS, estão sendo concluída para ser inaugurada logo nos próximos dias, uma Unidade de Terapia Intensiva Adulto (UTI) com 9 leitos, para também desafogar o HRTM.
“Metade dos equipamentos já temos, a reforma está praticamente concluída e esta semana vamos conversar com o secretário Estadual de Saúde, Ricardo Lagreca, para conseguir os equipamentos que faltam e colocar a UTI em funcionamento”, acrescenta Larizza Queiroz.
Para os próximos dois meses, Larizza Queiroz já tem sinal verde do juiz Orlan Donato para colocar em funcionamento também uma UTI Neonatal, com pelo menos 10 leitos. O espaço já está reservado e os equipamentos sendo revisados. Falta só a adaptação física.
A gestão da Junta Administrativa designada pela Justiça Federal para administrar a CSDR, prova que é possível hospital funcionar só com recursos do SUS.
Jornal de Fato