O presidente
Jair Bolsonaro afirmou neste domingo (7) que não vai “perder tempo” em se
manifestar sobre a pesquisa do Datafolha que registra a pior avaliação após
três meses de governo entre os presidentes eleitos para um primeiro mandato
desde a redemocratização de 1985.
“Datafolha? Não
vou perder tempo para comentar pesquisa do Datafolha, que diz que eu ia perder
para todo mundo no segundo turno”, afirmou Bolsonaro, ao ser questionado pela
reportagem da Folha na saída do Palácio do Alvorada.
“Tem um item lá
de que Lula e Dilma são mais inteligentes do que eu. Valeu, Datafolha”, disse o
presidente, que compartilhou em redes sociais uma foto de gráficos da pesquisa,
publicada na edição deste domingo da Folha.
Bolsonaro se
refere ao dado da imagem do presidente. Segundo a pesquisa, 58% dos
entrevistados consideram o capitão reformado muito inteligente, ante 39% que o
consideram pouco inteligente.
A comparação com
os ex-presidentes petistas Lula e Dilma Rousseff também se refere ao período
equivalente, ou seja, os três primeiros meses do primeiro mandato de cada um.
Na pesquisa
realizada em 31 de março e 1ª de abril de 2003, 69% dos entrevistados
consideravam Lula muito inteligente, e 24%, pouco inteligente.
O levantamento
de 15 e 16 de março de 2011, no início do primeiro mandato de Dilma, apontou
que 85% dos entrevistados consideravam a então presidente muito inteligente, e
9%, pouco inteligente.
A pesquisa
Datafolha divulgada neste domingo aponta que 30% dos brasileiros consideram o
governo de Bolsonaro ruim ou péssimo, índice semelhante ao daqueles que
consideram ótimo ou bom (32%) ou regular (33%). Não souberam opinar 4% dos
entrevistados.
Para 61% dos
ouvidos, Bolsonaro fez menos do que se esperava no exercício do cargo. Já 13%
consideram que ele fez mais, enquanto 22% avaliam que ele fez o que era
esperado. Entre os descontentes, a predominam pessoas mais pobres e menos
escolarizadas.
Nessa
comparação, ele também perde para os primeiros mandatos de Lula e de Dilma, que
tiveram o mesmo tipo de mensuração pelo Datafolha. Em 2003, o petista fez menos
do que poderia para 45%, e em 2011 a ex-presidente pontuou 39% no quesito.
O instituto
ouviu 2.086 pessoas com mais de 16 anos em 130 municípios nos dias 2 e 3 de
abril. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou
para menos.
Folhapress
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