O recente crescimento do mercado de maconha medicinal no Brasil colocou
o país no radar de investidores estrangeiros. Bateu em 70% o avanço das
autorizações dadas pela Anvisa para importar o produto em 2018, na comparação
com 2017.
No ano passado, foram 2.371 novos pedidos e 1.242 revalidações
solicitadas. Só no primeiro trimestre, a agência permitiu que 885 brasileiros
passassem a importar canabidiol. A autorização precisa ser refeita anualmente.
Na última semana, o mercado brasileiro chegou a ser citado no Marijuana
Business Daily, publicação seguida de perto por investidores.
O número de renovações de licença é mais baixo do que os pedidos de
liberações: foram 429 de janeiro a março de 2019. Para Caio Abreu, diretor da
Entourage, empresa do setor, o alto custo do tratamento com maconha medicinal é
um dos motivos para a baixa renovação.
Com a dificuldade de bancar o tratamento, parte significativa dos
pacientes usa doses mais baixas do que deveriam para estender a duração dos
frascos de canabidiol. Há também quem acabe obtendo a medicação por vias
ilegais, afirma Abreu.
Folhapress
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