O Papa Francisco afirmou nesta
segunda-feira (21) perante os seus mais diretos colaboradores que a
reforma da Cúria Romana vai avançar com “determinação”, e pediu perdão
pelos "escândalos" no Vaticano.
“A reforma prosseguirá com determinação, lucidez e ardor, porque a Igreja Católica tem sempre de reformar-se [Ecclesia semper reformanda, em latim, no original]”, disse Francisco, no tradicional encontro de Natal com os cardeais e bispos responsáveis pelos organismos centrais de governo da Santa Sé.
Minutos mais tarde, nos cumprimentos natalícios aos funcionários do Vaticano e seus familiares, o Papa quis "pedir perdão pelos escândalos que houve no Vaticano", sem referir-se a casos específicos.
"Gostaria que a minha e a vossa atitude, especialmente nestes dias, fosse sobretudo de oração: rezar pelas pessoas envolvidas, para que quem errou se arrependa e possa reencontrar o caminho certo", apelou o Pontífice.
Em 28 de agosto, o Vaticano anunciou a morte do antigo representante diplomático da Santa Fé na República Dominicana, Józef Wesolowski, de 67 anos, que ia ser julgado por abuso sexual de menores e posse de pornografia infantil.
Já em 3 de outubro, um dia antes do início do Sínodo da Família, o polaco Krzysztof Charamsa, sacerdote que estava ao serviço da Congregação para a Doutrina da Fé (Santa Sé), assumiu a sua homossexualidade perante a imprensa, num ato desde logo condenado pelo Vaticano.
Em novembro viria a rebentar um novo caso ‘vatileaks’, com furto e publicação de documentos confidenciais da Santa Sé, relacionados em particular com a gestão patrimonial e atividade financeira no Vaticano.
O Papa afirmou esta manhã que todos os problemas que surgem no governo da Igreja têm de ser “objeto de sincera reflexão e de medidas decididas”.
Francisco começou por recordar que em 2014 tinha apresentado o "catálogo das doenças curiais", um conjunto de 15 tentações e "doenças" que “poderiam afetar cada cristão, cúria, comunidade, congregação, paróquia e movimento eclesial”.
“Doenças, que requerem prevenção, vigilância, cuidado e, em alguns casos infelizmente, intervenções dolorosas e prolongadas”, observou.
O Papa assumiu que algumas dessas doenças se manifestaram no decurso deste ano, “causando não pouco sofrimento a todo o corpo e ferindo muitas almas”.
“Entretanto nem as doenças nem mesmo os escândalos poderão esconder a eficiência dos serviços que a Cúria Romana presta ao Papa e à Igreja inteira, com desvelo, responsabilidade, empenho e dedicação, sendo isso motivo de verdadeira consolação”, assinalou depois.
Francisco considera que seria uma “grande injustiça” deixar de manifestar “gratidão e o devido encorajamento” a todas as pessoas “sãs e honestas” que trabalham na Cúria Romana “com dedicação, lealdade, fidelidade e profissionalismo”.
O discurso centrou-se na necessidade de “voltar ao essencial”, neste início do Ano Santo extraordinário da Misericórdia (dezembro2015-novembro2016), que constitui “um forte apelo à gratidão, à conversão, à renovação, à penitência e à reconciliação”.
Nesse sentido, o Papa apresentou um "catálogo de virtudes", a que se referiu como "antibióticos" para as doenças da Cúria.
“A reforma prosseguirá com determinação, lucidez e ardor, porque a Igreja Católica tem sempre de reformar-se [Ecclesia semper reformanda, em latim, no original]”, disse Francisco, no tradicional encontro de Natal com os cardeais e bispos responsáveis pelos organismos centrais de governo da Santa Sé.
Minutos mais tarde, nos cumprimentos natalícios aos funcionários do Vaticano e seus familiares, o Papa quis "pedir perdão pelos escândalos que houve no Vaticano", sem referir-se a casos específicos.
"Gostaria que a minha e a vossa atitude, especialmente nestes dias, fosse sobretudo de oração: rezar pelas pessoas envolvidas, para que quem errou se arrependa e possa reencontrar o caminho certo", apelou o Pontífice.
Em 28 de agosto, o Vaticano anunciou a morte do antigo representante diplomático da Santa Fé na República Dominicana, Józef Wesolowski, de 67 anos, que ia ser julgado por abuso sexual de menores e posse de pornografia infantil.
Já em 3 de outubro, um dia antes do início do Sínodo da Família, o polaco Krzysztof Charamsa, sacerdote que estava ao serviço da Congregação para a Doutrina da Fé (Santa Sé), assumiu a sua homossexualidade perante a imprensa, num ato desde logo condenado pelo Vaticano.
Em novembro viria a rebentar um novo caso ‘vatileaks’, com furto e publicação de documentos confidenciais da Santa Sé, relacionados em particular com a gestão patrimonial e atividade financeira no Vaticano.
O Papa afirmou esta manhã que todos os problemas que surgem no governo da Igreja têm de ser “objeto de sincera reflexão e de medidas decididas”.
Francisco começou por recordar que em 2014 tinha apresentado o "catálogo das doenças curiais", um conjunto de 15 tentações e "doenças" que “poderiam afetar cada cristão, cúria, comunidade, congregação, paróquia e movimento eclesial”.
“Doenças, que requerem prevenção, vigilância, cuidado e, em alguns casos infelizmente, intervenções dolorosas e prolongadas”, observou.
O Papa assumiu que algumas dessas doenças se manifestaram no decurso deste ano, “causando não pouco sofrimento a todo o corpo e ferindo muitas almas”.
“Entretanto nem as doenças nem mesmo os escândalos poderão esconder a eficiência dos serviços que a Cúria Romana presta ao Papa e à Igreja inteira, com desvelo, responsabilidade, empenho e dedicação, sendo isso motivo de verdadeira consolação”, assinalou depois.
Francisco considera que seria uma “grande injustiça” deixar de manifestar “gratidão e o devido encorajamento” a todas as pessoas “sãs e honestas” que trabalham na Cúria Romana “com dedicação, lealdade, fidelidade e profissionalismo”.
O discurso centrou-se na necessidade de “voltar ao essencial”, neste início do Ano Santo extraordinário da Misericórdia (dezembro2015-novembro2016), que constitui “um forte apelo à gratidão, à conversão, à renovação, à penitência e à reconciliação”.
Nesse sentido, o Papa apresentou um "catálogo de virtudes", a que se referiu como "antibióticos" para as doenças da Cúria.
Com informações da Agência Ecclesia