O jornal informou que a canonização da beata Teresa de Calcutá será pública em fevereiro, durante o Consistório Ordinário, e que ela será feita santa em 4 de setembro de 2016, no âmbito do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia.
A canonização ocorre depois de a Igreja Católica ter aprovado por unanimidade a “cura extraordinária” de um brasileiro em 2008, que se encontrava em fase terminal por graves problemas cerebrais.
O "milagre" ocorreu em dezembro daquele ano, quando o doente, em coma, ia ser operado, mas devido a problemas técnicos a intervenção cirúrgica teve de ser adiada por meia hora.
Ao voltar à sala de operações, segundo o jornal Avvenire, o médico encontrou o doente sentado, desperto, perfeitamente consciente e a perguntar o que fazia ali.
O médico explicou, durante a fase de estudo do suposto milagre, que “nunca viu um caso como esse” e que todos os doentes com os mesmos problemas, que passaram por ele em 17 anos de profissão, tinham morrido.
As análises sucessivas do caso revelaram a cura da patologia cerebral em curto espaço de tempo e sem sequelas, o que levou o brasileiro a retomar sua vida.
As provas obtidas durante o processo de estudo do caso mostram que as pessoas próximas do doente - de quem a esposa era devota - rezaram muito a Madre Teresa.
A Ordem das Missionárias da Caridade, fundada por ela, celebrou hoje, na cidade indiana de Calcutá, o anúncio da canonização. "Estamos muito felizes e agradecidas. Soubemos da notícia esta manhã", disse à agência Efe a porta-voz da congregação em Calcutá, irmã Christie.
Inês Gonxha Bojaxhiu, nome de Madre Teresa, nasceu em 26 de agosto de 1910 em Skopje, capital da atual república da Macedônia, na comunidade albanesa. Ela foi beatificada em 2003, depois de o Vaticano ter reconhecido como um milagre a cura de um tumor no abdômen de uma mulher indiana.
Durante meio século, madre Teresa desenvolveu um trabalho social em Calcutá com as Missionárias da Caridade. Em 1979, foi distinguida com o Prêmio Nobel da Paz.
As Missionárias da Paz contam hoje com cerca de 4.500 religiosas, que trabalham em mais de 130 países na assistência aos pobres e doentes.
Teresa de Calcutá morreu em 5 de setembro de 1997, aos 87 anos, na sede da congregação, onde morava.
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