As
chuvas devem continuar no interior do Estado e litoral até o dia 26 deste mês,
segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), sob
influência de um fenômeno denominado vórtice ciclônico. Em algumas cidades da
região oeste potiguar, principalmente, há registro de chuvas desde a última
quarta-feira. A distribuição dessas chuvas no território potiguar, no entanto,
é irregular e característica desse fenômeno.
As
precipitações nessa época do ano são conhecidas como “chuva do caju” devido à
coincidência com a época de florada dos cajueiros. A água mais quente do Oceano
Atlântico contribui à formação do vórtice e faz chover nas regiões oeste e
litoral do Rio Grande do Norte, de acordo com as explicações do serviço de
meteorologia da Emparn.
“É um
bom sinal — que não tivemos no ano passado — em relação à estação chuvosa do
próximo ano para o semiárido nordestino. Embora não seja, por enquanto,
suficiente para dizermos se teremos ou não um inverno normal”, ressalta o chefe
do setor de meteorologia da Emparn, Gilmar Bristot.
O
meteorologista afirma que vem ocorrendo um enfraquecimento do El Niño, e que
isso é um comportamento favorável à ocorrência das chuvas para o semiárido no
próximo ano, e que a eventual ocorrência de menos chuvas na região Sul do país
pode ser um outro aspecto interessante para o Nordeste.
“Verificamos
boa elevação na temperatura do Oceano Atlântico, atingindo 24 graus, uma
elevação fantástica porque em setembro tivemos registros de temperaturas bem
baixas. Ou seja, houve em curto intervalo de tempo uma boa elevação da
temperatura. Isso é bom”, disse Bristot.
Os
fóruns entre meteorologistas de vários institutos para discutir o comportamento
da estação chuvosa no semiárido não começaram — nessa época do ano os
especialistas já têm realizado as primeiras rodadas de discussões —, e só devem
ocorrer em janeiro.
Tribuna do Norte