Com 40 anos de carreira, Sandra participou de coberturas jornalísticas de importantes momentos do país como a morte de Tancredo Neves, o Plano Cruzado, o acidente radioativo em Goiânia, com Césio 137, a tragédia do iate Bateu Mouche, a Rio-92, a chacina de Vigário Geral e a ocupação do Complexo do Alemão.
Em outubro, a jornalista anunciou no Twitter que descobriu que estava novamente com câncer. "Novamente estou sendo posta à prova. Mais um tratamento pra fazer.
Eu amo a vida. E vou em frente”, postou ela.
Carreira
A repórter começou a carreira na Globo em Minas Gerais, na década de 1980. Logo depois, voltou para o Rio de Janeiro e passou a fazer reportagens para o RJTV, Jornal Nacional, Globo Repórter e Bom Dia Brasil. Entre 1999 e 2004, atuou na GloboNews na parte gerencial e administrativa do jornalismo.
Sandra Maria Moreyra nasceu no Rio de Janeiro, em 28 de agosto de 1954, com jornalismo correndo nas veias. O avô, Álvaro Moreyra, era escritor, membro da Academia Brasileira de Letras, e dirigiu importantes revistas nos anos 1950, como Fon-Fon e Paratodos. Seu pai, Sandro Moreyra, fez história como um dos mais importantes cronistas esportivos do jornalismo brasileiro. Sua mãe, Lea de Barros Pinto, era professora.
Sandra era casada, tinha dois filhos, Cecilia e Ricardo, e um neto, Francisco. Ela era irmã da também jornalista e diretora da GloboNews, Eugenia Moreyra.
Em 1975, após um concurso, começou seu primeiro estágio, no Departamento de Pesquisa do Jornal do Brasil. Formou-se em 1976, foi contratada e, em 1978, foi para a reportagem geral do jornal, onde de fato começou sua carreira de repórter.
Em 1979, deixou o Jornal do Brasil para acompanhar o marido que trabalhava numa empresa de engenharia e foi transferido para a Argélia. Engravidou, voltou para o Brasil e começou a trabalhar numa agência de publicidade, onde teve seu primeiro contato com o vídeo.
Após passagens pela TV Aratu, na época afiliada da Globo, pela TV Bandeirantes e pela TV Manchete, entrou na Globo em 1984, como repórter em Minas Gerais. No ano seguinte, participaria ativamente da cobertura da eleição e morte de Tancredo Neves. No dia da morte do primeiro presidente civil eleito após a ditadura militar, Sandra Moreyra apareceu no Jornal Nacional acompanhando o cortejo fúnebre.
Em 1986, a jornalista deixou Minas e voltou para o Rio e se tornou uma das principais repórteres da editoria, cobrindo todo o tipo de pauta na região metropolitana.
Fonte: G1