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sábado, 21 de novembro de 2015

Governadores do Nordeste pedem a Dilma recursos para combater a seca

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O governador do Ceará, Camilo Santana, apresentou nesta quinta-feira (19) o prognóstico de pouca chuva para o Ceará e o Nordeste brasileiro em 2016 e fez o pedido de recursos federais para amenizar os efeitos da estiagem na região, que enfrenta quatro anos seguidos d

e pouca chuva. Segundo Camilo Santana, o Governo Federal anunciou que irá liberar novos financiamentos para obras na região, que serão utilizados para a instalação de dessalinizadores (equipamento para retirar excesso de sal da água e torná-la potável), construção de adutoras de montagem rápida e a perfuração de poços nas regiões mais afetadas pela estiagem, além do reforço na Operação Carro-Pipa nas zonas urbanas.

Além de Camilo, estiveram presentes governadores de mais cinco estados do Nordeste (Pernambuco, Piauí, Paraíba, Bahia e Rio Grande do Norte) e os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, e da Integração, Gilberto Occhi.

"Estamos na expectativa de que em 2016 também poderemos enfrentar dificuldades. Os estados vão ter a responsabilidade de, até o final do mês, apresentar para o Governo Federal um plano de trabalho para ações emergenciais. Enfrentar mais um ano consecutivo de seca vai exigir muita articulação e união de municípios, estados e o Governo Federal", relatou o governador Camilo Santana, após o encontro fechado com Dilma Rousseff.

Ainda segundo o governador do Ceará, Dilma Rousseff reforçou a promessa de concluir as obras de transposição das águas do Rio São Francisco para cidades do Nordeste. "A perspectiva é de que em agosto do ano que vem as águas cheguem a Jati [no Sul do Ceará], o que vai garantir um melhor abastecimento do Castanhão [na Grande Fortaleza] e automaticamente a distribuição dessa água em boa parte do estado", afirmou Camilo.

Açudes com pouca água
Atualmente, os 128 açudes no Ceará monitorados pela Companhia de Gerenciamento de Recurso Hídricos (Cogerh) têm média de 13,6% da capacidade total de armazenamento. De acordo com o boletim hidrográfico da Cogerh, todos os açudes monitorados pela Companhia estão com volume abaixo de 30%. A situação mais preocupante, de acordo com o boletim hidrológico da Cogerh, é  a da bacia do Baixo Jaguaribe, onde a reserva hídrica está em apenas 0,88% da capacidade de armazenamento.

A probabilidade de ocorrer um grande volume de chuva em 2016 no Ceará continua baixa, segundo previsão parcial da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). Dados preliminares mostram forte tendência de atuação do El Niño (aquecimento anômalo no Oceano Pacífico Equatorial) no início do próximo ano. Se a quadra chuvosa de 2016 não tiver regularidade nas precipitações, o Ceará corre o risco de ter o ciclo mais severo de seca da história, superando os difíceis períodos de 1951-1954 e 1979-1983, anos marcados por estiagem prolongada.

Fonte: G1

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