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quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Ministério da Saúde confirma 39 casos de microcefalia no Rio Grande do Norte

O Brasil registrou notificação de 399 casos de microcefalia em recém-nascidos de sete Estados da Região Nordeste, até o momento. Os dados do primeiro boletim epidemiológico sobre microcefalia foram divulgados ontem, 17, pelo Ministério da Saúde. O maior número de casos foi registrado em Pernambuco (268), primeiro Estado a identificar aumento de microcefalia em sua região e que conta com o acompanhamento de equipe do Ministério da Saúde desde o dia 22 de outubro. Em seguida, estão os Estados de Sergipe (44), Rio Grande do Norte (39), Paraíba (21), Piauí (10), Ceará (9) e Bahia (8).

Considerando as informações repassadas pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP) na segunda-feira passada, 16, verifica-se aumento no número de notificações no RN. Na oportunidade, a pasta mencionou que o total de notificações, até o domingo passado, 15, era de 35 casos de microcefalia em 17 municípios do Estado, sendo 13 casos em Natal, 3 em Ceará-Mirim, 3 em Parnamirim e 2 em Mossoró. Os outros casos haviam sido notificados em: Bom Jesus, Encanto, Macaíba, Maxaranguape, Nova Cruz, Parelhas, Riachuelo, Santa Cruz, Santa Maria, São Gonçalo do Amarante, São José de Campestre, Serra de São Bento e Vera Cruz.

A investigação desses casos está sendo realizada pelo Ministério da Saúde de forma integrada com as secretarias estaduais e municipais de saúde, com o apoio de instituições nacionais e internacionais. Comitês de especialistas apoiarão o Ministério da Saúde nas análises epidemiológicas e laboratorial, bem como no acompanhamento dos casos.

Além deste apoio, ontem, o Ministério da Saúde informou que enviaria a todas as secretarias estaduais de saúde orientações sobre o processo de notificação, vigilância e assistência às gestantes e aos bebês acometidos pela microcefalia. Essas informações serão constantemente atualizadas.

Ainda não é possível ter certeza sobre a causa para o aumento de microcefalia que tem sido registrado nos sete Estados. De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde, todas as hipóteses estão sendo minuciosamente analisadas pela pasta e qualquer conclusão neste momento é precipitada. As análises não foram finalizadas e, portanto, continuam em andamento.

A Fiocruz, que participa das investigações, notificou ontem que o Laboratório de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz concluiu diagnósticos que constataram a presença do genoma do vírus Zika em amostras de duas gestantes da Paraíba, cujos fetos foram confirmados com microcefalia através de exames de ultrassonografia. O material genético (RNA) do vírus foi detectado em amostras de líquido amniótico, com o uso da técnica de RT-PCR em tempo real.

Apesar de ser um achado científico importante para o entendimento da infecção por Zika vírus em humanos, os dados atuais não permitem correlacionar inequivocamente, de forma causal, a infecção pelo Zika com a microcefalia. Tal esclarecimento se dará por estudos coordenados pelo Ministério e outras instituições envolvidas na investigação das causas de microcefalia no país.

Ainda segundo a assessoria, o Ministério da Saúde está tratando deste assunto com a prioridade e responsabilidade que o tema exige, dando transparência aos dados e às informações, com previsão de divulgação semanal do boletim epidemiológico da doença.

Na semana passada, foi declarada Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional para dar maior agilidade às investigações. Trata-se de um mecanismo previsto para casos de emergências em saúde pública que demandem o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública.

Também está em funcionamento, desde o dia 10 de novembro, o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES), um mecanismo de gestão de crise que reúne as diversas áreas para responder a esse evento. O fato já foi comunicado à Organização Mundial de Saúde e Organização Pan-americana de Saúde, conforme os protocolos internacionais de notificações de doenças.

Aos gestores e profissionais de saúde, o Ministério da Saúde orienta que todos os casos de microcefalia sejam comunicados imediatamente por meio de um formulário on-line que, a partir desta quarta-feira, 18, estará disponível a todas as secretarias de saúde.

O Ministério da Saúde salientou que, sobre as gestantes, é importante que elas mantenham o acompanhamento e as consultas de pré-natal, com a realização de todos os exames recomendados pelo médico. A pasta reforça ainda a orientação de não consumirem bebidas alcoólicas ou qualquer outro tipo de drogas, não utilizar medicamentos sem orientação médica e evitar contato com pessoas com febre ou infecções.

O Ministério destaca que é importante também que as gestantes adotem medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doença, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.

Segundo o Ministério da Saúde, a microcefalia não é um agravo novo. Trata-se de uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Na atual situação, a investigação da causa é que tem preocupado as autoridades de saúde. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal, que habitualmente é superior a 33 cm. Esse defeito congênito pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como as substâncias químicas, agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação.

Fonte: Jornal A Notícia

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