Médicos legistas do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) suspenderam o plantão a partir das 7h desta sexta-feira (29) devido ao encerramento da escala. Segundo o coordenador de Medicina Legal do órgão, Manoel Marques, o revezamento dos médicos se encerra no dia 28 devido ao número reduzido de funcionários e, por isso, o restante do mês fica sem plantão.
Caso a escala de médicos legistas continue suspensa, os
corpos que derem entrada no instituto não serão liberados, se acumulando nas
dependências do Itep. Para armazenamento de cadáver, Marques afirma que a
geladeira conta com 21 gavetas individuais, mas que em caso de superlotação
podem abrigar dois corpos.
Para resolver a situação, a direção do Itep está reunida na
manhã de hoje com o Gabinete Civil do Estado, negociando a possibilidade de pagamento
dos plantões extras, completando a escala e sem desfalcar esse serviço do
órgão. "Se houver essa sinalização de que o Estado vai pagar, retornamos
imediatamente o trabalho, ainda hoje", afirma o coordenador de Medicina
Legal.
Devido a essa capacidade, se não houver plantão de médicos
legistas serão recolhidos apenas os corpos das ruas. "Os hospitais têm
onde guardar os corpos provisoriamente, então vamos dar prioridade para dar
entrada nos corpos das ruas e no domingo [1º], quando a escala retorna,
recolhemos nos hospitais", explica Manoel.
Para a demanda do Itep, médicos devem prestar sete plantões,
cada um com dois profissionais. Mas, apenas oito médicos se revezam
mensalmente, fazendo com que a escala acabe no dia 28 de cada mês. Marques
explica que esse número reduzido não é recente, mas os plantonistas costumavam
se revezar para completar a escala sem receber extra.
Em novembro, o coordenador de Medicina Legal afirma que desde
quando a escala foi fechada, no início do mês, o Governo do Estado foi avisado
que haveria uma lacuna nos últimos dias, devido ao não pagamento do equivalente
a esses plantões além do acertado.
A solução indicada por Manoel Marques é a realização de um
concurso público que vise a reposição das vagas que foram deixadas pelos
legistas. "Temos poucos médicos devido às aposentadorias, às licenças -
normais e premium -, e aos óbitos, por isso houve redução e as vagas não foram
repostas", disse.
*Tribuna do Norte
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