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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Sem horas extras, legistas do Itep suspendem serviços

Médicos legistas do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) suspenderam o plantão a partir das 7h desta sexta-feira (29) devido ao encerramento da escala. Segundo o coordenador de Medicina Legal do órgão, Manoel Marques, o revezamento dos médicos se encerra no dia 28 devido ao número reduzido de funcionários e, por isso, o restante do mês fica sem plantão.


Caso a escala de médicos legistas continue suspensa, os corpos que derem entrada no instituto não serão liberados, se acumulando nas dependências do Itep. Para armazenamento de cadáver, Marques afirma que a geladeira conta com 21 gavetas individuais, mas que em caso de superlotação podem abrigar dois corpos.


Para resolver a situação, a direção do Itep está reunida na manhã de hoje com o Gabinete Civil do Estado, negociando a possibilidade de pagamento dos plantões extras, completando a escala e sem desfalcar esse serviço do órgão. "Se houver essa sinalização de que o Estado vai pagar, retornamos imediatamente o trabalho, ainda hoje", afirma o coordenador de Medicina Legal.


Devido a essa capacidade, se não houver plantão de médicos legistas serão recolhidos apenas os corpos das ruas. "Os hospitais têm onde guardar os corpos provisoriamente, então vamos dar prioridade para dar entrada nos corpos das ruas e no domingo [1º], quando a escala retorna, recolhemos nos hospitais", explica Manoel.


Para a demanda do Itep, médicos devem prestar sete plantões, cada um com dois profissionais. Mas, apenas oito médicos se revezam mensalmente, fazendo com que a escala acabe no dia 28 de cada mês. Marques explica que esse número reduzido não é recente, mas os plantonistas costumavam se revezar para completar a escala sem receber extra.


Em novembro, o coordenador de Medicina Legal afirma que desde quando a escala foi fechada, no início do mês, o Governo do Estado foi avisado que haveria uma lacuna nos últimos dias, devido ao não pagamento do equivalente a esses plantões além do acertado.


A solução indicada por Manoel Marques é a realização de um concurso público que vise a reposição das vagas que foram deixadas pelos legistas. "Temos poucos médicos devido às aposentadorias, às licenças - normais e premium -, e aos óbitos, por isso houve redução e as vagas não foram repostas", disse.


*Tribuna do Norte

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