Segundo os policiais, o Governo não avançou nas reivindicações no pós greve. Nova paralisação pode ocorrer no dia 28 de novembro.
Os policiais e servidores do ITEP no Rio Grande do Norte podem retomar a greve que durou 60 dias no fim deste mês, caso o Governo não cumpra o acordo com a categoria e aprove as reivindicações prometidas na negociação do fim da greve no Estado.De acordo com a assessoria, a retomada da greve pode ser iniciada no dia 28 de novembro, quando está marcada uma assembleia geral das categorias. "A situação ocorre porque o Governo do Estado não vem avançando no diálogo após a suspensão de uma paralisação de mais de 60 dias no início de outubro, como prometeu a governadora Rosalba Ciarlini, e ainda regride em pontos já acordados".
Após reuniões canceladas e nenhum avanço na audiência dessa segunda-feira (18) com a cúpula governamental nos pontos pendentes – revisão da tabela salarial dos policiais e envio do projeto que criará Lei Orgânica e Estatuto do ITEP para a Assembleia – a categoria começa a se deparar também com o descumprimento de vários pontos da pauta que já tinham ficado acordados com a própria chefe do executivo e o secretário-chefe da Casa Civil, Carlos Augusto Rosado, tais como: nomeação de cerca de 20 concursados por mês (suspenso desde outubro) e extensão do serviço terceirizado de limpeza para todas as delegacias (até onde o serviço já foi implantado há precariedade com a falta de produtos).
O descumprimento, no entanto, atinge cláusulas acordadas com o Estado desde 2011, como bem reconheceu o Estado na audiência de ontem. Cerca de 50 presos de justiça continuam sob a custódia irregular de policiais civis em delegacias. Mesmo o Governo tendo se comprometido há mais de dois anos, no Tribunal de Justiça, a apresentar cronograma para execução de obras em cadeias públicas e presídios, isso não ocorreu. O presidente da comissão governamental, secretário de Administração e Recursos Humanos, Alber da Nobrega se comprometeu, somente agora, a fazer a solicitação das informações ao secretário de Justiça e Cidadania, Júlio César, assim como o convocaria para audiência com o SINPOL.
Destaque ainda para a falta de informações concretas a respeito do aparelhamento e informatização das unidades policiais e aquisição de armamentos, coletes, algemas e munições. Não existe levantamento de quantitativos, valores, previsão de compras, apesar do Governo adotar o discurso de que isso será providenciado em breve até mesmo para que o Rio Grande do Norte cumpra as exigências do programa federal “Brasil mais Seguro”.
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