A Zona Norte é quem registra a maior quantidade de homicídios, com 216. Percentualmente, tem um índice de 68.9 homicídios por 100 mil habitantes, porém a Zona Oeste é a mais violenta.
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública apresentou um relatório da violência e aponta que a média de homicídios por 100 mil habitantes no Brasil, em 2012, foi de 24.3. A Organização Mundial da Saúde (OMS) faz um relatório e coloca como 25.1.
De acordo com números do Conselho Estadual de Direitos Humanos, em Natal, a média está em 63.3 com dados de 2013 e o ano não acabou.
A Zona Norte é quem registra a maior quantidade de homicídios, com 216. Percentualmente, tem um índice de 68.9 homicídios por 100 mil habitantes. Porém, a região mais violenta é a Oeste com índice de 90.4 homicídios por 100 mil habitantes.
Na Zona Sul o índice é de 20.2 que ainda é considerado alto pela OMS que considera como normal, o percentual é de 9 mortes por 100 mil habitantes. Na Zona Leste o índice é de 59 homicídios por 100 mil habitantes.
Estes números serão atualizados e apresentados, dia 10 de dezembro, durante audiência na Assembleia Legislativa na comemoração da data Universal dos Direitos Humanos.
Só entre a última sexta-feira (22) e o domingo (24), foram registradas 28 mortes em Natal. Em entrevista ao Jornal 96, desta quinta-feira (28), o presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos e Cidadania, advogado Marcos Dionísio disse que a cada final de semana se constata uma elevação no numero de mortes.
Marcos Dionísio afirma que, historicamente, a sociedade brasileira sempre foi violenta. “Nós tivemos um regime de escravidão durando tanto tempo e tantas ditaduras e todo esse período deixou um legado muito perverso”. Na atualidade do Rio Grande do Norte essa onda de violência é explicada pela forma estabanada como o Estado vem sendo gerido.
“Não é mais novidade policial ser agredido, não é mais novidade que o policial não use um equipamento de segurança”, destaca Marcos Dionísio.
Advogado esclarece que fatores como drogas também existem em outros estados e que diferente do que o Governo divulga, sobre investimentos na segurança, há atrasos nas diárias operacionais, Policiais Militares não estão recebendo terço de férias, há entraves na convocação dos policiais civis e nada que foi acordado com os policiais civis foi cumprido.
Para Marcos Dionísio, acredita-se que problemas de gestão afetam o resultado que os números apresentam. Ele defende que as notícias de violência fazem com que o turista fuja dessas regiões. “A violência vai além do custo humano de destruir famílias. Já que não sensibiliza os gestores para ter um olhar mais atento para a segurança, tenho esperança que pelo menos no bolso vai tocar”, diz Marcos.
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