Cantor, conhecido pelas músicas
'Arrebita' e 'Bate o pé', estava internado havia 5 dias no Hospital Samaritano
e morreu em decorrência de insuficiência renal causada por tumor.
O cantor português Roberto Leal
morreu na madrugada deste domingo (15), em São Paulo, aos 67 anos. A informação
foi confirmada pela assessoria de imprensa do Hospital Samaritano, onde o
cantor estava internado. Ele ficou conhecido pelas músicas "Arrebita"
e "Bate o pé".
O cantor deixa a mulher, Márcia
Lúcia, e três filhos.
A morte ocorreu devido a um
melanoma maligno (tumor) que evoluiu, atingindo o fígado e causando síndrome de
insuficiência hepato-renal. O cantor fez tratamento contra o câncer por dois
anos. Segundo a assessoria de imprensa do cantor, Leal foi internado no
hospital na última terça-feira (10).
O velório será na segunda-feira
(16) na Casa Portugal, das 7h às 14h. O enterro será à tarde, no Cemitério de
Congonhas, na Zona Sul da capital paulista, informou o empresário do cantor há
mais de 40 anos, José Sá.
"A luta era uma luta feroz,
ia fazer três anos que ele lutava. Começou na vista passou para a perna, coluna
e depois descobrimos que tomou o corpo", explicou o empresário, em relação
ao tumor.
"Nós mantínhamos a agenda
normal. Nesses três anos cancelamos 6 shows que ele teve que ficar no hospital.
A cada 15 dias ele vinha, segunda e terça e depois tocava a agenda", disse
o empresário.
Roberto Leal morava na capital
paulista havia alguns anos.
O filho mais velho do cantor,
Rodrigo Leal, afirmou na porta do hospital que se dedicou a cuidar dos pais nos
últimos dias. "Parei com a minha vida nos últimos anos para ficar com ele,
cuidar dele, porque somos uma família de músicos, né, cada um em cada lugar, um
pra cada lado, um no Canadá e outro na Austrália".
Carreira
Em 45 anos de carreira, Roberto
Leal vendeu mais de 17 milhões de discos e gravou mais de 400 músicas. Entre
elas, também estão faixas como “Bate o pé” e “A festa ainda pode ser bonita”.
Nascido em Macedo de Cavaleiros,
no norte de Portugal, o cantor se mudou para o Brasil aos 11 anos, com os pais
e nove irmãos. Em São Paulo, trabalhou como sapateiro e vendedor em uma feira.
Em 1978, protagonizou o filme “O
milagre – O poder da fé”, inspirado em sua própria história.
No final dos anos 80, voltou a
morar em Portugal para se dedicar ao mercado musical europeu. Nesse período,
comandou um programa na TV do país.
Mais de 20 anos depois do
lançamento de “Arrebita”, a popularidade do cantor ganhou vida nova quando, em
1995, os Mamonas Assassinas lançaram “Vira-vira”, que satiriza músicas dele.
Retornou ao Brasil em 1998 e,
dois anos depois, lançou o disco "Roberto Leal canta Roberto Carlos".
Seguiu produzindo discos e coletâneas. O último, “Arrebenta a festa”, saiu em
2016.
Em 2018, foi candidato a deputado
estadual de São Paulo pelo PTB, mas não conseguiu se eleger.
*G1 SP
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