A Caixa Econômica Federal confirmou
nesta sexta-feira por meio de nota que ajuizou a execução de R$ 536 milhões
contra a Arena Corinthians por
causa de inadimplência contratual. O processo tramita na 24ª Vara Federal Cível
de São Paulo.
A informação chega
horas depois de o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, admitir que o clube
deve dois meses do financiamento. O mandatário também
informou que responderá na próxima semana, juridicamente, a notificação que recebeu do banco na
quinta-feira.
Os dois lados, no
entanto, se dizem abertos à conciliação. Andrés repetiu por diversas vezes
durante a entrevista coletiva desta sexta-feira que o clube vai pagar o
financiamento. A Caixa também encerrou a breve nota informando “que está
disposta à conciliação”.
Na próxima semana o
departamento jurídico do Corinthians responderá na Justiça à Caixa. Andrés
Sanchez não quis adiantar o que será proposto. Sabe-se que o clube tentará
manter o acordo verbal que tinha com a gestão anterior do banco.
Desde o ano passado,
o Corinthians tinha combinado de pagar durante oito meses do ano (de março a
outubro) R$ 5,7 milhões e nos quatro outros meses (de novembro a fevereiro),
que é quando há menos jogos, R$ 2,7 milhões.
Apesar de o acordo
não ter sido assinado, o clube vinha pagando conforme o combinado. Segundo
comunicado emitido pelo Corinthians na quinta-feira o contrato não havia sido
sacramentado, pois o banco pediu para ser feito após a mudança de gestão.
Andrés Sanchez prefere não acreditar que a notificação da Caixa tenha relação
política, já que o acordo foi costurado no governo do PT.
“Não quero acreditar
nisso. Estamos falando com a Caixa Econômica Federal, uma instituição séria. O
Corinthians nunca deixou de conversar. Desde que assumi, pagamos quase R$ 80
milhões. No total já foi pago R$ 170 milhões. Estamos pagando e cumprindo”,
afirmou.
ACORDO COM ODEBRECHT
Também nesta
sexta-feira, Andrés Sanchez revelou que o Corinthians chegou a um acordo para quitar
a dívida com a Odebrecht. O presidente levou uma cópia do contrato, com firma
reconhecida, para provar que não havia mais pendências com a construtora. A
Odebrecht confirmou o acerto.
Oficialmente, no
entanto, nem um nem outro dão detalhes sobre esse acordo. O Estado apurou que
pelo acordo a Odebrecht receberá somente o valor total arrecadado com os CIDs
(Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento). Esses CIDs, que são papéis
emitidos pela Prefeitura de São Paulo, tinham valor inicial de R$ 420 milhões.
Corinthians e Odebrecht chegaram a discutir valores a mais que deveriam ser
pagos. Mas ficou por isso.
ESTADÃO CONTEÚDO
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