Dez chefes de uma facção
criminosa suspeita que comandar os ataques que ocorrem no estado desde a última
sexta-feira (20) vão ser transferidos, nos próximos dias, do Ceará para
penitenciárias federais do pais. Informação foi confirmada pelo Governo do
Estado do Ceará na manhã desta quarta-feira (25), mas a data das transferências
e os locais para onde os detentos serão levados ainda não foram divulgados pelo
governo.
Ao todo, o estado já contabiliza
53 ataques em Fortaleza, Região Metropolitana e interior. As ações tiveram
início no dia 20 de setembro. Segundo o secretário da Segurança do Ceará, André
Costa, a onda de violência é uma reação de detentos que querem a volta de
"regalias" nos presídios do estado. Até o momento, a polícia capturou
55 pessoas suspeitas de envolvimento nos atos.
O Ministério da Justiça e
Segurança Pública (MJSP) já havia disponibilizado, na terça-feira (24), vagas
no Sistema Penitenciário Federal para esses internos que devem ser
transferidos, apontados como chefes da facção. A Secretaria da Administração
Penitenciária do Ceará (SAP) afirmou ao G1 que 257 presos já haviam sido
transferidos como “forma preventiva e tática”.
O governador do Ceará, Camilo
Santana (PT), se pronunciou na tarde de terça, afirmando que conversou com o
ministro da Justiça, Sérgio Moro, para avaliar a possibilidade de reforço das
tropas federais.
Onda de ataques
Nesta quarta-feira (25), pelo
menos seis ações criminosas foram registradas, tendo como alvos ônibus e
caminhões. No município de Maranguape, na Grande Fortaleza, o ônibus de uma
empresa privada foi incendiado por criminosos na madrugada. O motorista, que
estava dentro do veículo, foi obrigado a descer e não se feriu. Em Choró,
também na Região Metropolitana, um grupo ateou fogo em um transporte escolar no
pátio da prefeitura.
Ao todos, os ataques foram
registrados em Fortaleza, Quixadá, Quixeramobim, Maracanaú, Paracuru, Caucaia,
Ibaretama, Pacatuba, Canindé, Jucás, Várzea Alegre, Juazeiro do Norte,
Maranguape, Tauá e Choró.
G1 CE
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