Antigamente, nossos antepassados usavam sal para
conservar a carne da caça, armazená-la, e abastecer a aldeia nos momentos de
escassez. Hoje, grande parte da comida que o tal homem moderno consome está
exposta nas gôndolas dos supermercados e o sódio está na maioria dos alimentos
industrializados, para garantir sabor, durabilidade, textura e outras funções
tecnológicas. E engana-se quem pensa que os produtos light e diet ficam fora
dessa.
Pois é, o fato de ser diet ou light não exime
esses produtos de terem sódio em suas composições. Pelo contrário! Alguns deles
possuem teores do mineral ainda mais alto. Lembrando que o excesso de sódio no
organismo pode causar problemas hepáticos, renais e cardiovasculares,
principalmente hipertensão.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda um consumo
diário de 2,4g de sódio — o que corresponde a uma colher de chá, 2 mil mg ou
ainda 5g de sal.
Inimigo oculto
Se você costuma colocar no carrinho de compras versões
light/diet dos seus produtos favoritos, acreditando ser uma maneira de ter uma
alimentação mais saudável e equilibrada, é importante saber que prováveis
benefícios podem se transformar em riscos reais, principalmente se for
diabético ou hipertenso. Então, é preciso estar atento aos rótulos e tabelas
nutricionais dos produtos industrializados, pois colocar adoçante no suco pode,
na verdade, estar contribuindo para elevar sua pressão arterial.
Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) aponta que os produtos light e diet, em sua maioria, possuem uma média de 43% mais sódio do que suas versões convencionais. E os campeões são caldos e sopas em pó, refrescos em pó, preparados para shakes e vitaminas, gelatinas, bebidas não alcoólicas (energéticos, refrigerantes, chás e outros à base de soja), sobremesas lácteas, doces em pasta ou de cortar, e achocolatados.
“É importante analisar bem o que está sendo
consumido e comparar as marcas, as quantidades não só de sódio, mas também de gordura
trans, gordura saturada, pois estão diretamente relacionadas às doenças
crônicas não transmissíveis”, sugere a nutricionista, indicando também a
necessidade de se preferir sempre alimentos naturais, ricos em fibras. “Evitar
ao máximo também o consumo de refrigerantes e sucos de caixinha.”
Tribuna
do Norte
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