Embora o vice-governador
Robinson Faria tenha afirmado, durante o encontro estadual do PT, que
compreende a posição do partido ao aprovar resolução definindo chapa própria na
disputa por vagas na chapa proporcional, o fato não é aceito por deputados
estaduais do PSD. A deputada estadual, Gesane Marinho, disse desconhecer que já
foi fechado o acordo para o PT sair sozinho na disputa para Assembleia
Legislativa. “As conversas em relação a proporcional estão acontecendo.
Queremos uma coligação com todos juntos”, disse Gesane Marinho.
A parlamentar observou que o vice-governador Robinson Faria sabe
da reciprocidade que há. “Ele (Robinson) não pode ir para o projeto sem a
gente, e a gente não pode ir para o projeto sem ele”, comentou a deputada
estadual.
Gesane Marinho lembrou que na última reunião, com a presença do
deputado federal Fábio Faria, do deputado José Dias e do candidato Galeno
Torquato, ficou definido que o PSD quer coligação proporcional com o PT. “Não
pode haver discricionariedade. Só é bom em determinado ponto e em outro não.
Então isso não é parceria. É isso que estamos mostrando nas conversas. Sei que
o PT precisa fazer sua análise, mas a coligação precisa ser completa”, destacou
a deputada. Ela foi ainda mais enfática: “Tem que ser todo mundo junto, é
importante a união total”.
Ex-prefeito de São Miguel e pré-candidato a deputado estadual pelo
PSD, Galeno
Torquato, tem uma avaliação semelhante a de Gesane
Marinho. Ele questiona que tipo de motivação haverá para defender uma candidata
ao Senado cujo partido não aceitou fazer coligação proporcional com o seu. “Como
pode ter uma coligação na majoritária e não na proporcional. O PT está míope,
pensando pequeno, um partido que quer eleger uma senadora pelo Rio Grande do
Norte não pode pensar nessa amplitude”, destacou.
Alianças
O pré-candidato a deputado estadual afirmou esperar para a próxima
reunião do PT, no dia 31 de maio, para que defina pela união na proporcional
com o PSD. “Como vou ter ânimo para entrar firme e forte na candidatura ao
Senado se o partido não quer coligar na proporcional?”, questiona.
As declarações em tom de desabafo da deputada Gesane Marinho e do
candidato Galeno Torquato entram em choque com a posição do vice-governador
Robinson Faria. Ao ser entrevistado no último sábado, quando participava do
encontro estadual do PT, ele afirmou que compreendia o posicionamento do PT de
não se coligar na proporcional. “Conversei com os deputados (do PSD), o partido
(PSD) terá que encontrar sua saída, vamos enriquecer nossa nominada e procurar
os demais partidos que ainda não definiram suas coligações proporcionais”,
disse Robinson Faria.
Do TN Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário