Os
casos confirmados de chikungunya aumentaram 366% no Rio Grande do Norte em
2019, em relação a 2018. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde Pública
(Sesap) e foram divulgados nesta terça-feira (3). A comparação é relativa ao
período de 1ª de janeiro a 9 de novembro.
De
acordo com a Sesap, foram notificados neste ano, no estado, 14.755 casos
suspeitos da doença, sendo confirmados 5.753, representando uma incidência de
424,11 casos por 100 mil habitantes. Em 2018, no mesmo período, foram
notificados 3.428 casos, com 1.240 confirmações, o que significa uma incidência
de 98,53 casos por 100 mil habitantes.
Além de chikungunya, também houve registro de aumento da incidência de dengue.
Em 2019 foram notificados 37.660 casos suspeitos do vírus, sendo confirmados
9.736 casos, o que representa uma incidência de 1.082.49 casos por 100 mil
habitantes. No ano passado, no mesmo período, foram 28.734 casos notificados e
12.176 confirmados, gerando uma incidência de 825,92 casos por 100 mil
habitantes.
Zika
Com
relação ao Zika vírus, da semana epidemiológica 01 a 45 de 2019, foram 1.206
casos prováveis, o que corresponde a uma incidência de 34,67 casos por 100 mil
habitantes. No mesmo período de 2018, foram 525 notificações, gerando uma
incidência de 15,09 casos por 100 mil habitantes. Tanto em 2019, quanto em
2018, foram confirmados, nesse mesmo período epidemiológico 61 casos.
Chikungunya e perda de memória
Pesquisadores
da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) realizam
uma pesquisa para avaliar se existe relação entre a chikungunya e a perda de
memória entre pessoas com mais de 60 anos de idade. O estudo é realizado
pelo Departamento de Infectologia da instituição.
Os
testes serão realizados ao longo do mês de dezembro e a expectativa é de até
abril de 2020 os dados iniciais possam ser conhecidos. A depender do resultado,
os pesquisadores poderão convocar novos voluntários.
Segundo a médica Vanessa Giffoni, que dirige o estudo, a pesquisa avalia ainda
uma hipótese, levantada após alguns contatos com pacientes infectados pela
doença, que relataram, entre outros problemas, o aumento de lapsos de memória.
Prevenção
A
Sesap diz orienta a realização das ações de prevenção e educação em saúde
executadas pelos municípios. A Secretaria afirma também que orienta e
supervisiona o trabalho realizado pelos agentes de endemias para controle do
vetor, o mosquito Aedes aegypti. “Além disso, são realizadas as operações de
aplicação do inseticida por meio dos carros fumacê, que devem ocorrer apenas
quando houver necessidade do controle de surtos e epidemias por arboviroses”,
alegou a pasta em nota.
A
subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica da Sesap, Alessandra Lucchesi,
destaca que municípios e a população têm um papel essencial na prevenção dessas
doenças. “É necessário que todos tomem as medidas de prevenção à proliferação
do mosquito: receber o agente de combate às endemias em suas residências,
eliminar água de vasos de flores, tampar tonéis e tanques, não deixar água acumulada,
lavar semanalmente depósitos de água, manter caixas de água e tanques
devidamente fechados e colocar o lixo em sacos plásticos, mantendo a lixeira
fechada, entre outras”.
G1RN
Nenhum comentário:
Postar um comentário