O sonho
de ganhar novamente o mundo nunca esteve tão próximo. Após 38 anos, o Flamengo
está na final do Mundial de Clubes. Nesta terça, o clube brasileiro venceu o Al
Hilal por 3 a 1, no Estádio Internacional Khalifa, em Doha, no Catar, e vai
decidir o título, sábado, contra o vencedor de Liverpool x Monterrey. Uma
vitória sofrida, de virada, construída com gols de Arrascaeta, Bruno Henrique e
Al-Bulayhi (contra). Salem Al-Dawsari marcou para os árabes.
AGENDA
O
Flamengo vai decidir o Mundial no próximo sábado, às 14h30 (horário de
Brasília). A decisão também será no Estádio Internacional Khalifa, em Doha, no
Catar. O adversário será o vencedor entre Liverpool e Monterrey. As duas
equipes se enfrentam nesta quarta, às 14h30. A outra semifinal terá transmissão
do SporTV e do GloboEsporte.com.
FLAMENGO
ASSUSTADO E VULNERÁVEL
Lembra do
primeiro tempo em Lima? Pois é. Os primeiros 45 minutos da semifinal do Mundial
foram parecidos. Um Flamengo sem intensidade, em baixa rotação, com muitos
erros e, acima de tudo, assustado. Fora de sintonia, o Rubro-Negro esteve
irreconhecível e foi presa fácil para o Al Hilal. Pablo Marí e Filipe Luís
começaram muito mal. Os árabes, por sua vez, lembravam os bons momentos do
Flamengo, com toque de bola rápido e envolvente. Gomis desperdiçou grande
chance em rebote de Diego Alves após chute de Salem. Na segunda chance, porém,
Salem não perdoou. Giovinco abriu na direita para Al-Buryak, o lateral cruzou
rasteiro, e o camisa 29 marcou.
Nervoso,
o Flamengo tentou colocar a bola no chão e trocar passes. Sem o mesmo ímpeto,
os árabes apostavam nos contra-ataques e levavam perigo, especialmente com
Gomis, atacante forte e técnico. Vulnerável defensivamente, o time brasileiro
pouco assustou. As melhores chances foram em um chute de fora da área com
Gerson e com Bruno Henrique. Na primeira, ele foi desarmado por Al-Burayk após
belo passe de Arrascaeta. O segundo, nos acréscimos, cabeceou fraquinho nas mãos
do goleiro.
BRUNO E
ARRASCAETA COMANDAM VIRADA
O
Flamengo não trocou nomes, mas voltou com uma nova postura para a etapa final.
Com três minutos, chegou duas vezes e empatou o jogo, com participação direta
de seu trio de artilheiros. Em jogada iniciada por Rafinha na direita, Gabriel
recebeu na entrada da área e achou Bruno Henrique livre na área. O camisa 27 só
rolou para Arrascaeta livre escorar para o gol. Gabigol teve uma nova chance em
seguida e parecia que o time brasileiro tomaria as rédeas do jogo. A partida,
no entanto, ficou tensa, com poucas chances, e lances violentos. Giovinco, por
exemplo, merecia ter sido expulso.
Aí vale citar a final em Lima novamente. Lembra que Diego entrou no
lugar de Gerson e mudou o jogo contra o River Plate? Pois é. Aconteceu
novamente. O camisa 10 levou o time para frente e iniciou a jogada do gol da
virada, com belo passe na direita para Rafinha. De primeira, o camisa 13 cruzou
para Bruno Henrique, que mandou de cabeça para o gol: 2 a 1. A virada levou os
árabes à lona, e o Rubro-Negro aproveitou para nocautear. Diego, novamente,
achou Bruno Henrique livre na esquerda, o atacante cruzou, e Al-Bulayhi mandou
para o próprio gol. Logo após o gol, o peruano Carrillo perdeu a cabeça,
acertou um pontapé em Arrascaeta e foi expulso. Com dois gols de vantagem e um
jogador a mais, restou ao Flamengo administrar a partida até o fim.
Globo Esporte
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